terça-feira, 9 de março de 2010

Clube do Filme

Leitura perfeita para uma fase de muitos filmes. O livro de David Gilmour, crítico de cinema e escritor premiado, é um prato cheio para quem ama cinema. Trata-se da história real de um pai (o próprio Gilmour, homônimo do guitarrista da banda inglesa Pink Floyd) que decide permitir ao filho de 15 anos um desejo, sair da escola. Em contrapartida, o compromisso de assistir a três filmes por semana, escolhido pelo pai. Gilmour, ao mesmo tempo em que descreve a aventura, narra detalhes dos filmes selecionados e seu sentimento de culpa. Afinal ele pode ter tomado uma decisão perigosa. Aos poucos você vai se contagiando, e cada vez mais aumenta a vontade de ver muitos e muitos filmes. De preferência, fazendo uma lista de ‘prazeres culpados’, como diz Gilmour em seu Clube do Filme. Ao usar esse artifício com seu filho Jesse, a intenção era desviá-lo do lugar comum. “Que é não ser capaz de encontrar prazer num filme bobo. É preciso aprender a se entregar a essas coisas”, afirma o autor. Ao final da leitura, a impressão de que o texto poderia ter investido mais em informações sobre os filmes e não apenas na impressão do autor. Assim como uma pequena, mas estranha sensação, de que muitas vezes ele tem um pouco de texto ‘sobrando’, como uma roupa folgada. Fora esses senãos, leitura agradável e instigante. É fechando o livro e abrindo o DVD!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Psicopata?

A leitura de Mentes Perigosas – O psicopata mora ao lado, de Ana Beatriz Barbosa Silva, provoca uma série de reflexões sobre o bem e o mal .Para quem estiver mais disposto, sobre que papel você quer desempenhar nesta história, ou melhor, nesta vida. É difícil imaginar que exista a maldade sem consciência. Mas ela existe e é infinitamente mais perigosa. Sabe aquelas pessoas que te magoaram, que te fizeram sofrer, que foram egoístas? Elas são pessoas normais, com suas dificuldades. Uns mais, outros menos. Alguns com uma capacidade especial de magoar, é verdade. Mas daí a ser psicopata, é outra história. Segundo a autora eles são frios, calculistas, insensíveis, inescrupulosos, transgressores de regras sociais e absolutamente livres de constrangimento ou julgamentos morais internos. Uma leitura pesada, porém clara e objetiva. Em alguns momentos você pode achar que quase todo mundo é psicopata. Em outros, você quase pensa que tem traços da doença. Viver é perigoso.