quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Feliz, ano novo

Adoro a energia do final do ano. Luzes coloridas, festas e uma alegria que às vezes beira o histerismo. Tem também o surto de generosidade que acomete uma boa parte das pessoas, mas essa já é outra estória. Sei que gosto mesmo é dessa sensação de cruzar um marco imaginário no tempo, e (re)começar de novo. Sei que vez por outra um furacão metafórico me arrasta pela vida. O último chegou no finalzinho de novembro de 2013, quando resolvi acompanhar minha irmã a uma consulta com a pneumologista que lhe salvou a vida faz bem pouco tempo. Não tenho problemas respiratórios, não fumante, histórico zero para a especialidade, mas havia a possibilidade de encontrar um problema de apneia, que minhas irmãs têm e que pode causar fadiga, uma vez que o sono é interrompido várias vezes durante a noite. A polissonografia mostrou que a apneia era leve, o ronco é que era pesado, como pode uma pessoa roncar mais de 400 vezes em menos de 8 horas de sono? Bom, voltamos ao ponto de origem, o cansaço, a tal da fadiga crônica. Sabia que tinha algo de muito errado no meu corpo. E sim, a fadiga já era um sinal do câncer. O zelo da médica ao pedir também uma tomografia do tórax, só para ‘checar’, pode ter salvado a minha vida. Feliz por estar aqui, mais um ano, que venha 2015.