sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

SALÃO DE LIVROS

Curtindo o Salão de Livros em João Pessoa/PB

Algumas de minhas aquisições.


Agora que terminou, torcendo pela realização do 2º Salão Internacional do Livro na Paraíba em 2011. Que ele aconteça independente de motivações políticas e que tenha a devida divulgação. De resto, é criar o hábito e a vontade de participar desta deliciosa feira de livros. Deixemos as avaliações críticas para os organizadores, responsáveis por corrigir erros e definir estratégias mercadológicas mais eficientes. Até lá, se Deus quiser.  


sexta-feira, 26 de novembro de 2010

NEVE E LIVROS

Nem uma coisa nem outra. Acabei embalando na leitura de revistas e mais revistas, e deixei Saramago e Rachel de Queiroz para depois. Aproveitei também para terminar de ler “Neve”, de Orhan Pamuk  (Companhia das Letras, 2006, 488 páginas). A história de Ka, poeta exilado na Alemanha, que viaja a uma pequena cidade turca sob o pretexto de investigar a onda de suicídios entre jovens muçulmanas que assola o vilarejo, um microcosmo dos conflitos raciais, políticos e étnicos da Turquia, além de palco da sua tragédia pessoal. Bom. Mas bom mesmo está sendo ter uma semana inteirinha de livros no Espaço Cultural, aqui em João Pessoa. Espero que este 1º Salão Internacional do Livro da Paraíba seja o primeiro de muitos. Que a cultura ocupe cada vez mais aquele espaço, muitas vezes palco de feiras de carros e bugigangas. Que o 2º Salão  venha cada vez melhor, de preferência com mais divulgação.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

ESTOU LENDO...


Terminando de ler CHICO BUARQUE, de Wagner Homem (Leya, 2009, 352 páginas), curador do site oficial do cantor. Impressionante a musicalidade das letras de Chico, elas “cantam” mesmo no papel. Confesso, mesmo sendo muito fã, nunca tinha percebido esse fenômeno. O livro traz histórias, sempre contextualizadas, relacionadas às circunstâncias em que foram compostas as canções. Narrativas por vezes engraçadas, tristes, reveladoras ou simplesmente curiosas. Um deleite. Agora é partir para a pilha de livros que me assombra e espera. Acho que vou deixar Saramago furar a fila. Recebi estes dias pelo correio uma de suas biografias, escrita por João Marques Lopes. Difícil vai ser resistir a outro bom livro de memórias, desta vez narrada pela escritora Rachel de Queiroz e sua irmã Maria Luíza de Queiroz. Bom, acho que fico com os dois.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Pós Férias


Pausa. Férias. Bom demais diminuir o ritmo, limpar a mente, abandonar a agenda. Quase tinha esquecido a existência de um mundo além da correria do dia-a-dia. Bom demais rever lugares da infância. Mesmo sentindo-se estranha ao não se ver tão “em casa” nestes lugares. Bom estar em companhia de quem se ama. Pena perder alguém tão querido logo na volta. Dizem que “é a vida”, e foi desta janela que ela começou a se configurar para mim. Descobri que quando se está bem com suas lembranças, sempre se está “em casa”.

domingo, 5 de setembro de 2010

AGOSTO DAS LETRAS

Agosto, mês da Letras. Assim foi em João Pessoa (PB) graças a evento realizado pela Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) sob a coordenação do amigo, escritor, poeta, etc., André Ricardo Aguiar (Divisão de Literatura). Segundo o organizador, e incansável anfitrião, “Agosto das Letras é uma referência de alcance eficaz com o autor local e com o diálogo da cena contemporânea”. Muito agradável, com autores interessantes e interessados, e o mundo da literatura nesse mix Paraíba x o resto do mundo.

Questões como a importância de se tratar o livro com um compromisso ético, e não como um produto similar ao sabão em pó. Alternativas de distribuição e caminhos para estimular a leitura também foram levantadas, lembrando que o principal é encorajar o gosto pela leitura e dar liberdade ao leitor. A relação com as novas tecnologias, dificuldades e oportunidades também estavam lá, junto às realidades instauradas em nosso tempo. Entre elas, a polêmica possibilidade do fim do livro em papel. Enfim, uma oportunidade de tirar a literatura da naftalina. Quanto a mim, confortável no papel de leitora (alguém tem que ler, não?), me pergunto: como ficam meus autógrafos nesse tal de e—book?



quarta-feira, 1 de setembro de 2010

GARRINCHA

Aproveitando a ressaca da Copa do Mundo, engatei a leitura de “Estrela Solitária”, de Ruy Castro (Companhia das Letras, 1995, 520 páginas), um relato recheado de detalhes jornalísticos sobre a vida do extraordinário Manuel dos Santos, o ‘Mané’ Garrincha. Os detalhes cansam um pouco, mas fazem jus ao excelente trabalho de pesquisa do autor. E a convivência com outra realidade do nosso futebol também é muito interessante. Um tempo onde os atletas jogavam mais por amor à camisa e não apenas para cumprir contratos milionários. Uma visão romântica dessa profissão que na verdade foi a tragédia de Garrincha, aliada a uma infância pobre e a uma doença chamada alcoolismo (que ainda hoje a maioria das pessoas não consegue encarar como ‘doença’). O amor ao futebol, ao prazer de jogar, aliados à sua tão cantada ingenuidade foram as desgraças desse jogador. Se ele não fosse tão ingênuo e tivesse encarado sua profissão como profissão, talvez não tivesse acabado na miséria. Quem sabe também não teria perdido o grande amor da sua vida, Elza Soares, um exemplo de dedicação ao seu homem. Incrível as histórias de como o casal foi perseguido por uma falsa moral, que não aceitava essa relação, como se terceiros tivessem esse direito.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

EDITH PIAFF

Embalando numa fase musical, hoje ao som de Edith Piaff. Incrível a magia da voz dessa mulher, contagiante mesmo quando não se entende uma palavra.  Sua chanson trouxe um baita arrependimento por não ter continuado meus estudos de francês.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

ÉTICA?

Representantes dos planos de saúde no Brasil acreditam que interromper tratamento de doentes terminais pode ajudar a reduzir preços. Que me perdoem tais executivos, prefiro pagar esse custo. Este é um ponto de vista a se considerar, pelo viés da ética, da fé ou da caridade, quando a iniciativa visa reduzir sofrimentos. Mas não é, nem de longe, uma ferramenta de gestão empresarial. Chega a ser um desaforo, tal proposta. Falta de respeito. Creio que um paciente terminal deve ter o direito de escolher o momento em que deseja parar de sofrer, ou não. Mas a partir de hoje, tenho medo de planos de saúde!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O BEM AMADO

Cinema é sempre bom! Apesar de hoje, na maioria das vezes, termos que atravessar corredores e corredores de shopping para chegar a uma minúscula sala de cinema Multiplex, o esforço ainda vale a pena. Basta sentar e ser invadido pela magia daquela tela enorme, para ter certeza do motivo que te levou a abandonar o conforto e a praticidade de ficar em casa. Outro dia fui ver “O Bem Amado” (Comédia, 107 min., 2010, Brasil). Direção do pernambucano Guel Arraes leia-se “Lisbela e o Prisioneiro”, “Romance”, entre outros. O filme teve um orçamento de R$ 9,8 milhões.

Bela sátira política, totalmente dentro da nossa realidade (infelizmente!). Uma leitura moderna e bem acabada, mas que me deixou com uma saudade enorme dos tempos que via a série na TV. Saudade principalmente das atuações. Aliás, impossível não ficar comparando as performances, impecáveis, mas que não conseguiram apagar o brilho da turma original. Valeu o passeio e a companhia.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

POR UM FIO

Além de figurinha conhecida na programação do Fantástico, Rede Globo, o médico Drauzio Varella é também dono de um texto enxuto e agradável. Assim como em suas matérias para a televisão, ao escrever ele também parece ter o dom de simplificar questões complicadas. Esse é o tom de “Por um fio” (Companhia das Letras, 2004, 218 páginas), onde Drauzio reflete sobre o impacto da convivência com a dor e com a perspectiva da morte, através da observação do comportamento de pacientes e de seus familiares. Especialista em oncologia, sua narrativa passeia por 30 anos de convivência com o câncer, terminando com a emocionante história da doença do seu irmão, médico e seu companheiro de trabalho, também acometido com a doença que tanto combateu. Drauzio Varella convive de forma tranqüila entre suas várias performances, seja homem, cidadão, pai, irmão, escritor ou médico. Assim me parece.

Como informa a orelha do livro em “Por um fio” está de volta o narrador cuidadoso de “Estação Carandiru” (Companhia das Letras, 1999, 302 páginas), obra que também virou filme (2003) e que conta histórias reais, põe o leitor diante de questões delicadas e difíceis, mesmo para quem lida com elas em sua rotina profissional. O livro desmistifica a doença e, apesar de ter histórias tristes que em sua maioria terminan com a morte de seus personagens, não angustia o leitor.

Em determinado momento Drauzio Varella diz o seguinte, ao refletir sobre sua profissão: “custei a aceitar a constatação de que muitos de meus pacientes encontravam novos significados para a existência ao senti-la esvair-se, a ponto de adquirirem mais sabedoria e viverem mais felizes que antes, mas essa descoberta transformou minha vida pessoal: será que com esforço não consigo aprender a pensar e a agir como eles enquanto tenho saúde?”. Esta é uma pergunta que talvez, imagino, devesse ser feita por todos nós.





quinta-feira, 22 de julho de 2010

VIOLÊNCIA


Além de vir em busca do sol e da proximidade com a família, um dos motivos que me fez escolher João Pessoa como minha casa, foi fugir do agito e da violência de Sampa. Ledo engano! Já sofri mais com a violência por aqui do que em minhas aventuras nas terras paulistanas. Depois de um período aparentemente tranqüilo, a violência voltou a me encontrar em duas tentativas de assalto em menos de um mês. Acreditem, não sei exatamente porque, acabei reagindo ao dois e... como podem ver, ainda estou viva, graças a Deus. Loucura sei que é, mas quem manda na razão sob pressão? Como diria o Chapolim Colorado, e agora, quem poderá me ajudar?

terça-feira, 20 de julho de 2010

BARACK OBAMA


Com todos os conceitos formados pela mídia, parti para a leitura de “Barack Obama – A origem dos meus sonhos (Gente, 1995, 449 páginas)”. Desconfiadíssima, porque mesmo gostando de biografias e memórias, ou coisas do gênero, costumo ficar com o pé atrás diante de narrativas em primeira pessoa. Imagine então com um nome que é quase unanimidade. Advogado, 48 anos, 44º presidente dos Estados Unidos (o primeiro afro-americano), Democrata e ganhador do Prêmio Nobel da Paz. Casado com Michelle, também advogada, pai de duas meninas, tem um cachorro chamado Bo.

A primeira coisa que este livro faz é desconstruir o mito, no bom sentido. Alguns parágrafos, e a imagem pública e midiatizada de Barack Hussein Obama, o fenômeno, é esquecida. Em seu lugar surge um personagem para lá de interessante. Ele revela detalhes de um menino com uma história de vida totalmente diferente da maioria negra americana, que se transforma na grande aposta de renovação política dos Estados Unidos. Nascido da miscigenação de raças e culturas, com uma mãe branca norte-americana (antropóloga), pai negro africano, economista nascido no Quênia, e padrasto asiático (Indonésia), ele se transforma em um líder unificador, alguém que consegue transpor a barreira racial. E este livro narra principalmente essa transmutação, como aquele garotinho ‘diferente’, nascido em Honolulu, se transforma em um potencial grande líder mundial. Descreve o fenômeno de fazer parte de dois mundos distintos, ao mesmo tempo não pertencendo a nenhum, o que ele chama de “meus múltiplos mundos”.

Particularmente acredito que a narrativa torna-se especialmente rica quando Obama decide retomar suas origens. Isso acontece após já ter se formado em Ciências Políticas e ter trocado bons empregos pelo trabalho comunitário, quase uma fixação para ele. Ao chegar ao Quênia, para uma visita aos seus familiares e antepassados, ele sente que pertence a algum lugar. “Dei-me conta de que isso nunca acontecera antes: nem no Havaí, nem na Indonésia, nem em Los Angeles, nem em Nova York, nem em Chicago. Pela primeira vez na vida eu sentia o conforto, a firmeza de identidade que um nome pode trazer, como ele pode carregar uma história nas lembranças de outras pessoas”, afirma Obama.

Nessa volta ele reconstrói seu conceito de família, envolvendo o leitor em suas descobertas. Passa mais de seis meses nessa convivência, que vai muito além da mera formalidade. Sua necessidade de pertencer vai sendo alimentada à medida que histórias são contadas e compartilhadas. Em alguns momentos a narrativa torna-se tão envolvente, que podem acontecer coisas estranhas, como por exemplo, levar um susto ao ouvir o celular tocando, bem no meio de uma narrativa que se passava no interior do Quênia, onde Obama visitava a avó paterna. Um choque de realidade. A avó conta muitas aventuras do seu pai, talvez a maior delas ter conseguido ser um dos raros casos a se formar no exterior, graças ao conselho de seu pai (avô de Obama), que dizia ser “o conhecimento a fonte de todo o poder do homem branco”. O Quênia foi colonizado pelos britânicos.

Barack Obama não é dogmático, planfetário ou sentimentalista. Ele parece um homem comum, que decidiu ter pleno domínio de sua história e de suas escolhas. Ás vezes quase ingênuo, outras vezes naturalmente inteligente e cativante. Coisas do destino, coincidência? Acabando a leitura, eis que surge à minha frente o DVD “Escolhido pelo Povo: A Eleição de Barack Obama”. Vamos lá, ação!






sexta-feira, 18 de junho de 2010

Vida...

Dia feliz, aniversário. Abraços. Lembranças. Carinhos. Pena a notícia neste dia 18, a morte de um dos meus escritores preferidos, Saramago.
É a vida...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

LIVROS, LIVROS, LIVROS















O prazer de comprar livros é quase tão grande quanto o de ler livros. Sinto-me consumista, capitalista, sei lá mais quantos ‘istas’, mas confesso. Adoro comprar livros. O problema é que eles vão acumulando, e começa o desespero de saber estar perdendo tantas histórias interessantes. Afinal, ultimamente a velocidade da compra não tem acompanhado o tempo para leitura. Com isso, cresce cada vez mais a lista de espera, que mistura Rubem Fonseca, Clarice Lispector, Sartre, Rousseau, Garcia Lorca e Snoopy (isso mesmo, adoro HQ), entre outros espalhados pela estante

sexta-feira, 23 de abril de 2010

CHICO XAVIER


Sempre que vejo filmes com roteiros adaptados de bons livros, fico com a sensação de quero mais. A narrativa impressa, de um bom texto, é sempre mais rica que o melhor dos filmes, penso eu. A subjetividade das intenções e dos personagens é infinitamente maior, no caso da boa e velha impressão. Esses dias fui ver o filme que conta a história do mestre Chico Xavier, e foi exatamente essa a sensação, de quero mais. Imagino que o filme devia vir acoplado à um bom documentário, contando um pouco mais de uma história de vida tão rica. A história do maior médium espírita do século XX continua no topo das bilheterias nacionais, firmando-se como o primeiro grande sucesso nacional do ano.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

A MORTE

Depois de passar o feriado vendo muitos filmes, uma pausa na segunda para terminar o divertido livro de José Saramago, “As Intermitências da Morte”. Uma daquelas sacadas que a gente fica com inveja e pensa, queria ter nascido assim, com essa criatividade. Quem mais pensaria na senhora morte suspendendo suas atividades? Divertido do começo ao fim, a obra me lembra um texto de Simone de Beauvoir que li ainda na adolescência, “Todos os homens são mortais”, onde o personagem central, o conde Fosca (um personagem do século XIII) desafia o tempo e chega até os dias de hoje questionando tópicos inerentes à natureza humana, tais como a ambição, o poder, a imortalidade, o prazer, o destino e a transcendência. Um ensaio em forma de ficção que realça os absurdos da consciência. Também o que faz a escrita de Saramago, com uma pitada a mais de humor, é verdade.

terça-feira, 9 de março de 2010

Clube do Filme

Leitura perfeita para uma fase de muitos filmes. O livro de David Gilmour, crítico de cinema e escritor premiado, é um prato cheio para quem ama cinema. Trata-se da história real de um pai (o próprio Gilmour, homônimo do guitarrista da banda inglesa Pink Floyd) que decide permitir ao filho de 15 anos um desejo, sair da escola. Em contrapartida, o compromisso de assistir a três filmes por semana, escolhido pelo pai. Gilmour, ao mesmo tempo em que descreve a aventura, narra detalhes dos filmes selecionados e seu sentimento de culpa. Afinal ele pode ter tomado uma decisão perigosa. Aos poucos você vai se contagiando, e cada vez mais aumenta a vontade de ver muitos e muitos filmes. De preferência, fazendo uma lista de ‘prazeres culpados’, como diz Gilmour em seu Clube do Filme. Ao usar esse artifício com seu filho Jesse, a intenção era desviá-lo do lugar comum. “Que é não ser capaz de encontrar prazer num filme bobo. É preciso aprender a se entregar a essas coisas”, afirma o autor. Ao final da leitura, a impressão de que o texto poderia ter investido mais em informações sobre os filmes e não apenas na impressão do autor. Assim como uma pequena, mas estranha sensação, de que muitas vezes ele tem um pouco de texto ‘sobrando’, como uma roupa folgada. Fora esses senãos, leitura agradável e instigante. É fechando o livro e abrindo o DVD!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Psicopata?

A leitura de Mentes Perigosas – O psicopata mora ao lado, de Ana Beatriz Barbosa Silva, provoca uma série de reflexões sobre o bem e o mal .Para quem estiver mais disposto, sobre que papel você quer desempenhar nesta história, ou melhor, nesta vida. É difícil imaginar que exista a maldade sem consciência. Mas ela existe e é infinitamente mais perigosa. Sabe aquelas pessoas que te magoaram, que te fizeram sofrer, que foram egoístas? Elas são pessoas normais, com suas dificuldades. Uns mais, outros menos. Alguns com uma capacidade especial de magoar, é verdade. Mas daí a ser psicopata, é outra história. Segundo a autora eles são frios, calculistas, insensíveis, inescrupulosos, transgressores de regras sociais e absolutamente livres de constrangimento ou julgamentos morais internos. Uma leitura pesada, porém clara e objetiva. Em alguns momentos você pode achar que quase todo mundo é psicopata. Em outros, você quase pensa que tem traços da doença. Viver é perigoso.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Meus Livros

A gente vai envelhecendo, e um dia se pega pensando igualzinho ao personagem de Chico Buarque em Leite Derramado: "Mas se com a idade a gente dá para repetir certas histórias, não é por demência senil, é porque certas histórias não param de acontecer em nós até o fim da vida".                                                                                                                 

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Estilo?
Custou-me caro descobrir. Não tenho tendência para o bizarro.Sou comum.Com uma visão desembaraçada das possibilidades humanas, mas comum. Espectadora. Tirando a violência contra criancinhas e animais, pouca coisa surpreende. O lugar comum pode mesmo ser o melhor lugar.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Filmes

         TEMPOS DE PAZ           



Depois de uma pane geral em dezembro do ano passado, a máquina anda meio enferrujada para leituras, lembranças, concentração, memórias... Justo eu que me orgulhava de ter uma memória de elefante, e dos grandes. Uma das alternativas, tipo plano B, foi apelar para uma de minhas paixões: filmes. Mesmo sem tempo, ando vendo coisas boas e outras nem tanto. Mas ao menos assim não me sinto tão fora do ‘mundo’. Um que me agradou ultimamente foi Tempos de Paz, um drama nacional, longa-metragem de 82 minutos e direção de Daniel Filho. Passando longe do consagrado estilo comédia do diretor, traz no elenco duas excelentes atuações de Tony Ramos e Dan Stulbach, além do próprio Daniel, bem ao estilo Alfred Hitchcock.


Uma narrativa que acontece em abril de 1945, quando os combates da 2º Guerra Mundial já cessavam na Europa, mas o Brasil ainda estava tecnicamente em guerra. O combate entre Segismundo (Tony), interrogador alfandegário e ex-torturador da polícia política de Getúlio Vargas, com o ex-ator polonês Clausewitz (Dan), confundido com um nazista fugitivo, se desenrola na sala de imigração do porto do Rio de Janeiro. Tudo porque o fim da Guerra, por ironia do destino, é o que tira a paz de Segismundo. Ele teme a vingança de seus ex-prisioneiros. E hoje chefe da imigração na Alfândega do Rio de Janeiro, Segismundo é quem decide quem entra ou não no país. Clausewitz terá que usar todo o seu talento de ator para provar que não é um seguidor de Hitler.


O filme, lançado em agosto do ano passado, retrata um período crítico da história brasileira e fala do maniqueísmo e da luta pela vida. Para mim, fala também do perigo de pessoas sem a menor formação humanística ou o mínimo de cultura dirigindo um país e determinando o futuro de nações. Entre outras coisas, me chamou a atenção quando o personagem de Tony Ramos, o interrogador, diz que nunca foi ao teatro, ele apenas ‘ouviu’ uma vez no rádio. Meu Deus, que perigo! Depois dessa, vou ali correndo melhorar a concentração e voar para a pilha de livros que tenho para ler!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

             CINE CULTURA

Nordeste tem maior número de selecionados em edital de Cines
O Nordeste foi a região mais contemplada no edital Cine Mais Cultura para municípios com até 20 mil habitantes, com 50 cidades selecionadas. Em todo o Brasil, 150 prefeituras foram escolhidas, sendo 46 no Sudeste, 42 no Sul, sete no Norte e cinco no Centro-Oeste. O resultado do edital será publicado nesta quinta-feira, 11 de fevereiro, no Diário Oficial da União (DOU).

As administrações municipais receberão kits contendo tela para projeção, projetor multimídia, aparelho de DVD player, mesa de som de quatro canais, duas caixas de som, dois amplificadores, microfone sem fio, dentre outros equipamentos. Também poderão escolher até 104 DVDs de obras brasileiras do catálogo da Programadora Brasil (filmes de ficção, documentário e animação em curta, média e longa metragens). O investimento é de R$ 2,25 milhões, por meio do Programa Mais Cultura.

A coordenadora executiva do Mais Cultura, Silvana Meireles, destaca a importância de editais voltados para essas pequenas cidades: “apenas 8% dos municípios brasileiros possuem salas comerciais de cinema e boa parte da população não tem condições de pagar pelo ingresso. O Mais Cultura tem como objetivo principal democratizar o acesso da população a bens e serviços culturais”.


Primeiros colocados – Entre os dez municípios com maior pontuação final no edital, os sete primeiros colocados são do Nordeste. Palhano (CE) e a Ilha de Itamaracá (PE) receberam as maiores notas do País: 9,83. Empatados em terceiro lugar, Andaraí (BA), Pilar (PB) e Muquém de São Francisco (BA). Completam a lista, Zabelê (PB) e Jaicós (PI).

Estados mais contemplados – A Bahia, com 14 cidades selecionadas, foi o estado nordestino com maior número de contempladas, seguida por Paraíba (11), Rio Grande do Norte (7), Ceará (6), Piauí (6), Alagoas (2), Sergipe (2), Pernambuco (1) e Maranhão (1).

Ainda esta semana, também serão divulgados os resultados de editais estaduais de Cine Mais Cultura para iniciativas da sociedade civil a serem implantadas no Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco, o que ampliará, ainda mais, o número de municípios com este equipamento cultural. Atualmente, já existem 152 Cines Mais Cultura no Nordeste, além de outros 230 em implantação.

Capacitação – Além de fornecer equipamentos e acervo, o Cine Mais Cultura realiza oficinas de capacitação cineclubista com o objetivo de qualificar os participantes para a realização de programação, divulgação e debates das sessões.
Fonte: Ministério da Cultura
              Sushi no Extra


Uma indicação de amigos nos levou a conhecer o sabor do sushi servido no Extra aqui em João Pessoa, localizado na Avenida Epitácio Pessoa. A dica era o paladar perfeito e a vantagem de que são preparados na hora, sempre fresquinhos e com um ótimo preço. Lá fomos nós, eu e o namorado. A primeira experiência, depois de longos 50 minutos de espera, no horário do almoço que parece estar sempre lotado, confirmou a dica. O cartaz diz “Sushi é no Extra – O melhor da cidade”. Não posso afirmar se o melhor, mas realmente muito bom, o único senão seria para o atendimento um pouco lento.

Até aí, tudo bem. O chato mesmo foram as outras tentativas, duas delas até o momento. Primeiro, ao chegarmos lá por volta das oito da noite, fomos informados que “já tinha acabado’, estava tudo fechado. Ninguém sabia ao certo informar horários. Na segunda tentativa, também no começo da noite, tentando fugir da tal demora do horário de almoço, mais uma frustração, tinha “acabado” novamente. Mais uma vez ninguém sabia ao certo informar, e depois de várias tentativas, descobrimos que são dois funcionários a preparar o delicioso sushi, um estava de férias e o outro de folga naquele dia. Ou seja, qualquer horário que aparecêssemos ficaríamos com fome. Uma surpresa ver essa falta de atenção ao consumidor em um grande rede.

Me parece que ignorar o consumidor está meio fora de moda, não? Muitas vezes o bom atendimento, ou ao menos a informaçao clara sobre o produto, pode superar a expectativa em relação a itens como preço e qualidade.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Cabelos brancos






















Que me perdoem os politicamente corretos de plantão, mas gostaria muito de saber por que temos (inclusive eu, confesso!), a terrível mania de achar que cabelos brancos são garantia de serenidade, integridade e bom caratismo? Calma aí, que sou totalmente a favor do Estatuto do Idoso. Mas daí a achar que qualquer pessoa que tenha cabelos brancos seja do bem, é demais para mim. Há uns 15 anos fui roubada por um simpático senhor, que teimou em segurar minha bolsa no ônibus e surrupiou minha carteira. Será que os serial-killer, os chatos, neuróticos, sei lá mais o quê de defeitos e manias, não envelhecem? Envelhecem sim, e pelo que vejo por aí, a idade acentua certas características de personalidade, as boas e as ruins. O mesmo acontece com as mães, e mais uma vez sei que posso ser mal compreendida! Mas temos também a mania de achar que uma vez mãe, a mulher torna-se santa, perfeita. E aquelas que têm filhos apenas para tentar salvar relacionamentos, ou as que os jogam ainda bebês nas latas de lixo? Sei que estou pisando em terreno delicado. Mas o que sou mesmo é contra estereótipos.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

PB
CORES DA ARTE
De 14 de janeiro a 20 de fevereiro, a Usina Cultural Energisa apresenta, em João Pessoa, uma grande mostra de artes plásticas, “As Cores da Arte Paraibana” . Um trabalho que reúne 25 artistas e também conta com o apoio da RSB Produções, do marchand Romaric Sulger Buel, com patrocínio da Energisa e do Ministério da Cultura. O evento tem como madrinha Dona Lily Marinho, viúva do jornalista Roberto Marinho.A exposição pode ser vista de terça a domingo das 14h às 20h horas, com entrada franca. A Usina Cultural Energisa fica na Av. Juarez Távora, 243 no bairro da Torre - Telefones (83) 3221.5346 -3221.6343 - http://www.energisa.com.br/.

Artistas participantes:
Alberto Lacet
Alexandre Filho
Ana Lúcia Pinto
Analice Uchôa
Carlos Djalma
Chico Ferreira
Chico Pereira
Clóvis Júnior
David Barbosa
Denis Cavalcanti
Elpídio Dantas
Flávio Tavares
Fred Svendsen
Hermano José Guedes
Jeová de Carvalho
Jô Cortez
Jonas Lourenço
Josenildo Suassuna
Maria José Porto
Margareth Aurélio
Mirabeau Menezes
Raul Córdula
Rodrigues Lima
Saulo Ais
Wilson Figueiredo.