quarta-feira, 13 de julho de 2011

ROCK AND ROLL

Um dos gêneros mais rebelde e contestador do mundo da música hoje faz aniversário, 13 de julho é o Dia Internacional do Rock. A data foi decretada em 1985, quando foi promovido o primeiro Live-Aid, um mega-show que teve por finalidade arrecadar fundos para combater a miséria do continente africano. O rock já tem mais de 50 anos, é praticamente um vovô, mas continua símbolo de rebeldia e contestação. Seja qual for a idade que você tenha hoje, é impossível nunca ter ouvido o som de Elvis Presley, Beatles, Rolling Stones, Lead Zeppelin, Pink Floyd, Jimmy Hendrix, Janis Joplin... e tantos outros papas do rock. Um universo com mais de cinco décadas de história para contar, muita estrada e muito som. Cresci embalada pelo rock, a cara da paulicéia desvairada, minha eterna referência de lugar. O som dos anos 80 no roteiro da adolescência. Já fui a muitos, muitos shows. Tantos, que hoje nem tenho mais disposição. Mas um dos melhores foi o 1º dos Rolling Stones por essas bandas, na turnê de divulgação do álbum "Voodoo Lounge". Estava lá por acaso, trabalhando na produção, pouco interessada e cansada. Um começo de tumulto após o fim dos ingressos me prendeu no estádio. Quando as luzes se acenderam e aquela voz rouca invadiu o Pacaembu (meu amado Morumbi estava com rachaduras e o show foi transferido de última hora), entendi que a tal magia da banda era verdadeira. E viva o rock! E viva a boa música, seja ela qual for.  

quinta-feira, 7 de julho de 2011

1968

Mais uma passadinha pelo texto agradável de Zuenir Ventura. “1968. O que fizemos de nós” (Planeta, 2008, 220 páginas), é leitura obrigatória para quem se encantou com o livro que marcou uma geração e uma época, “1968, O ano que não terminou”. Não sei bem o motivo, talvez por ser também meu ano de nascimento, mas sempre tive um carinho especial. Segundo Zuenir "suspeita-se que 1968 não foi um ano, mas um personagem - inesquecível e que teima em não sair de cena". Interessante a ponte que o autor faz entre um livro e outro. Interessante saber o que pensam os personagens da época. O frescor habitual do autor levou-me para o lado leve da obra. Uma lista do que não existia naquela época, e que hoje é lugar comum. Estes somos nós em 2011:
CD, DVD, Gisele Bündchen, bala perdida, telefone celular, internet (Web, Google, Orkut, site, e-mail, MSN, Second Life), alimentação diet, Viagra, Big Brother, mania de correr, notícia em tempo real, interatividade, iPod, AIDS, medo de colesterol, medo de assalto, grades nos prédios, piercing, depilação dos grandes lábios, Botox, seios turbinados, o “estarei fazendo”, anorexia, globalização, DNA, pensamento único, academias de musculação, Bill Gates, baile funk, controle remoto, forno de microondas, TV em cores, TV a cabo, garotas de programa (com este nome), shopping centers, ecstasy e mania de fazer lista como esta.