Um
daqueles filmes que se descobre por acaso, sem nenhuma referência, foi assim
com Para Sempre Lilya (Drama, Suécia/Dinamarca, 2002, 109 min.). Na verdade, o
que me chamou a atenção foi o fato da personagem principal ter o mesmo nome que
meu apelido (Lilia, Lila, Lilla, Liazinha e outras variações), mas o filme foi
uma grata surpresa. Um tanto angustiante, graças à atmosfera de pesada falta de
perspectiva e de um ambiente (ainda!) naturalmente machista. O roteiro do filme
foi baseado na vida de Danguole Rasalaite, uma garota de 16 anos da Lituânia
que foi manchete na Suécia em 2000.
Conta
a história de Lilya, uma garota de 16 anos, que tem como único amigo o garoto
Volodja, e que foi abandonada pelo pai ao nascer e pela mãe na adolescência. Eles
moram numa vila pobre na Estônia, fantasiando sobre uma vida melhor. Certo dia,
Lilya se apaixona por Andrej, que diz estar indo para a Suécia e a convida para
ir com ele iniciar uma vida nova. Vida esta que parece mais uma vez estar
fadada ao fracasso e sofrimento, passivo e silencioso. Uma menina forte, mas
que se torna tão frágil diante do tamanho do peso que se coloca, para alguém
tão jovem e sozinha. Tocante.