sexta-feira, 31 de agosto de 2012

SEXTA




































Hoje é sexta-feira. Dia feliz. As minhas, imagino, nunca mais serão tão alegres. Terão sempre um tom de vermelho e um gosto amargo de sangue. Mas a vida segue, e pequenas coisas nos fazem ficar quase animadas. Esses mimos chegaram para cumprir esse papel. Minhas revistas japonesas, made in irmã mais velha. E "A Volta da Prisão", de Marguerite Yourcenar, que foi escolhido por causa das histórias de viagem da autora pelo Japão. Ato falho, de tanta saudade das férias do ano passado.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Au Revoir

A mente humana é capaz de cada coisa. Horas e horas pensando em como escrever um texto de despedida, e essa palavrinha martelando na cabeça: Au Revoir. É que a memória dos tempos em que estudávamos francês no colégio (lembram, meninas?) faz parte de uma época em que estávamos todos inocentemente juntos. Brincadeiras, brigas de crianças, travessuras. As dificuldades do mundo dos adultos não nos atingiam. O tempo passou, ventos nos levaram para lugares distintos, mas coração e emoção ficaram naquele universo. Assim como nos acompanham até hoje. Mesmo que os quatro mosqueteiros sejam eliminados, ficam as lembranças e suas histórias. Um acabou de partir. De forma triste. Trágica. Solitária. O menino que desenhava belos aviões e cavalos nas ruas da Rua Rio da Prata está agora descobrindo, finalmente, as respostas para suas constantes indagações sobre vida & morte. Continuo achando que perder não é nada bom, mesmo que o importante seja (viver) competir. Ele gostava de estar quieto, muitas vezes sozinho, mas sabíamos que estaria sempre ali. E isso bastava. Ficou a saudade e a dor de perceber que a vida é como ela quer!

sábado, 18 de agosto de 2012

PIT STOP

ou como o inimigo venceu a guerra

Aedes aegypti


















Nunca subestime seu inimigo. Mesmo que ele seja pequenininho, quase invisível a olho nu. Nocauteada pelo tal Aëdes aegypti, confesso que nunca levei a criatura muito a sério. Achava que as matérias sobre o tema tinham sempre um tom acima, o do exagero. Ele chegou e não percebi, os sintomas fundiram-se com a já conhecida fadiga. No estágio de tomar vitamina injetável, como podia imaginar que entrava para a estatística da dengue? Premiada com todos os sintomas, tudo ao mesmo tempo no mesmo corpo, cheguei ao estágio do nada. Vontade de aquietar-me para sempre. Estou começando a achar que os tais clichês são sábios. Saúde é tudo (e paz também). Fui entender que estava mal no dia em que saí de casa para ir a uma tal perícia médica sem batom, brinco, e com uma combinação esdrúxula de figurino. Era o tal do nada se impondo. Os mosquitos entram agora para minha lista de criaturas que admito eliminar. Até então, só as traças faziam parte dela. Não podia arriscar minhas paixões, os livros. Voltar a escrever me parece um sinal de cura!