sábado, 31 de dezembro de 2011

OSHOUGATSU

Foto Lilla Ferreira (ruas de Kurashiki/Japão)
Ano Novo, página em branco. Fazendo planos, refazendo estratégias. Cada um sabe onde o calo aperta, e o que vale a pena mudar. Não tenho pressa para dispensar 2011, com todos os poréns, foi um ano muito especial. Com uma grande realização, a visita à minha amada família, do outro lado do mundo. Vem de lá uma dica interessante de como se preparar para o Ano Novo, que no Japão é chamado de Oshougatsu. Eles costumam fazer uma grande preparação para o novo que se inicia e a dica é realizar o "Osouji", a grande limpeza de fim de ano. Limpeza da alma, dos sentimentos, mas também uma grande limpeza física. Bom senso em mente descarte o que realmente não teve função este ano e provavelmente não terá em 2012. Tudo o que foi acumulado durante o ano e que não possui mais utilidade deve ser jogado fora. Eles fazem uma grande faxina em suas casas, escritórios, fábricas. Uma forma de remover toda a energia estagnada dentro desses ambientes ao longo do ano, renovando para recepcionar as boas energias do Toshigami, o Kami (espírito) do Oshougatsu.



Pessoas queridas, o que deve realmente importar em todos os anos.
Estou aqui correndo, deixando tudo pronto para 2012. Tentando fazer a tal lista de promessas. Tantas coisas, cuidar da saúde, praticar alguma atividade física, ler todos os livros acumulados... mas principalmente assumir o compromisso de arrumar tempo, muito tempo, para curtir a vida, a família e os amigos queridos.


domingo, 25 de dezembro de 2011

NATAL COM DANUZA

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Adoro o Natal! Todos ficam bonzinhos. As luzes no final do túnel dos mais diversos problemas acendem e piscam insistentemente. A gente passa a acreditar na humanidade, e no dia 25 quase dá uma olhadinha rápida embaixo da cama para ver se pelo menos desta vez Papai Noel deu uma passadinha. Em casa sempre teve Natal, mesmo quando não tínhamos presentes caros, árvores decoradas ou ceia farta. Mas sempre houve família, abraços e afagos, carinho, sorrisos, Missa do Galo e o menino Jesus (sempre o mesmo) em lugar especial. Ele está lá, todos os anos, desde minha tenra infância. Nos últimos anos, parte das comemorações acontece no telefone ou internet, mas os sentimentos, estes, permanecem nos mesmos lugares.

Os preparativos alegram, a festa encanta, mas o bom mesmo é o dia seguinte, de preguiça e comilança. Jiboiação à espera dos festejos da virada do ano. Este ano a diversão ficou por conta do novo livro da Danuza Leão, “É Tudo Tão Simples” (Agir, 2011, 196 páginas), oitavo livro da autora, onde ela aposta num mundo sem ostentação e regras rígidas de etiqueta, em que o chique é ser simples e de bem com a vida. Uma atualização de “Na Sala com Danuza”, quase vinte anos depois. Acho que foi nessa época que as colunas publicadas no Estadão (algumas recortei e ainda tenho por aí) me chamaram atenção. Sem meias verdades ou intenção de agradar, Danuza desfila bom humor em seus textos, mesmo nos trechos mais exagerados e absurdos. As ilustrações de sua neta, Rita Wainer, elegantes e divertidas, tornam a leitura ainda mais agradável. Cenário perfeito para um leve dia de Natal!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A ARTE DE VOLTAR

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Sou especialista em mudar de idéia, mudar de gostos. Como boa geminiana, hoje uma, amanhã outra. Idéias, gostos e teses, em minha opinião, existem para serem mudados, sim, sempre que necessário. Aproveito aqui para agradecer a atenção de um leitor observador, que fez questão de dar sua opinião a respeito do meu post sobre o 'incidente’ no Fran’s Café. Após ler o comentário fui conferir o que havia escrito, para ter certeza de minha suposta contradição: “A primeira impressão fica mesmo?” e “sem vontade de voltar”. Pois é, reitero tudo que escrevi antes, um fato. Mas acho uma tremenda bobagem esse papo de primeira impressão, coisas e pessoas mudam e melhoram, o que me parece saudável.
Por isso voltamos depois, até porque após o incidente me pareceu normal estar sem vontade de voltar. Mas acontece que com o tempo,o desejo de tomar um cafezinho e conhecer uma nova opção acabou vencendo. Aqui vou eu na difícil tarefa de comentar como consumidora, o que não acho que seja ruim. Segundo os manuais de marketing e etc., a palavra do consumidor é a melhor pesquisa de mercado, pelo menos é o que me lembro de ter estudado há mais de duas décadas, lá na Unip da Vila Clementino/Sampa (época em que conheci a franquia, e já gostava). O atendimento ainda está um pouco confuso. Equipe atenciosa, interessada e educada. Mas acredito que a engenharia entre o pedido feito e o pedido chegando à mesa ainda está um pouco atrapalhada. Foi o que sentimos nessa primeira visita oficial da qual se refere o criterioso leitor.
Mas tenho que dizer, apesar da demora e da troca de pedido, o que nos chegou à mesa estava bem gostoso. E o melhor é que o cardápio, com muitas e interessantes opções, promete. Fique sabendo, querido leitor, que já voltamos novamente, desta vez só para um rápido cafezinho no meio da tarde, e o serviço estava bem mais ágil (não sei se pelo horário, mais tranqüilo). Como falei, a localização do novo café é perfeita para o nosso caso. Além do mais, temos tão poucas opções de quase tudo em nossa querida João Pessoa – livrarias, cinemas, cafés – que seria uma bobagem descartar possibilidades. Assim como é bobagem embarcar na tal "ondavipprovinciana-vcsabe com quem está falando" que citei anteriormente. Vamos em frente!
O comentário:
Ola, sempre acompanho o seu blog e gosto mto dele, mas dessa vez me peguei me perguntando uma coisa: tu escreveu que tava sem vontade de voltar e terça feira vc estava la.. agora vc poderia escrever dizendo se gostou ou não, ja que fez essa visita. Infelizmente após ler esse post, cheguei ao Fran's Café com um olhar mto crítico, porem fui mto bem atendida, e gostei mto do que me foi servido. Fico no aguardo.. Bjo Lilla

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

IMAGENS AMADAS

Com João Batista de Brito
Passando pelo FEST ARUANDA, em sua sétima edição, para prestigiar João Batista de Brito no dia do lançamento oficial de seu blog, “Imagens amadas” (http://imagensamadas.com), na última terça-feira (13). Um espaço onde ele disponibiliza sua produção sobre cinema e literatura, em livros, ensaios e artigos. Algo que, segundo o autor “deixa transparecer uma terceira e não menos forte paixão: a teoria da linguagem”. Seus leitores e fãs agradecem esta oportunidade, e o bom é que no blog não se encontra apenas a produção atual, pois ele fez um resgate de textos dos últimos anos. Durante a cerimônia João Batista anunciou que completava, nesta data, 31 anos de crítica. O cinema agradece!

MAIS!
Márcia
Outro destaque da noite foi o curta de Bertrand Lira, “Diário de Márcia”. A obra foi ovacionada pela platéia, que se encantou pelo trabalho apurado e sempre competente de Bertrand e sua equipe, assim como pela leveza da abordagem do tema. Uma transexual sem estereótipos que, a despeito de todas as dificuldades, conseguiu impor-se como cidadã, diante da vida e do preconceito. Uma ‘tapa de luva de pelica’ (isso ainda existe?) no mundo da homofobia!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

BARRADOS NO CAFÉ


No Aeon (shopping), ao lado do Starbucks(direita)
Kurashiki,Japan, 2011

A primeira impressão fica mesmo? O que dizer então de ter sido barrada na porta do Frans Café, em João Pessoa? Há alguns dias uma amiga postou no Facebook a notícia da chegada da marca aqui na cidade, a menos de 100 metros da casa de meu companheiro, daqueles que dá a volta ao mundo por uma boa xícara. Aliás, saudosos da nossa querida rede Starbucks Coffe Company, que conhecemos na Europa e Ásia, e fiéis aos melhores cafés da cidade, estávamos ansiosos por conhecer o lugar. Nesta quarta (7), já pertinho de casa, por acaso, vimos que o local estava funcionando a todo vapor. Ansiosos, não esperamos ocasião nem motivo especial, fomos logo parando. Uma mocinha simpática correu para abrir a porta, sorriso largo foi logo avisando: “Estamos inaugurando hoje (ótimo!) e estamos fechados (péssimo, nenhum aviso e portas sendo abertas?), recebendo apenas convidados (Vips?)”. Em seguida fomos convidados a nos retirar. Sem café, sem vontade de voltar. E pensar que no twitter eles nos dizem que seu objetivo é “servir com estilo e sofisticação”. O mundo mudou, ou foram os conceitos de atendimento ao cliente que se transformaram?

Ah! Quem não ficaria confuso com tanta desinformação?

Publicações no Facebook
Fran's Café João Pessoa/PB
Informação quentinha! A partir desta terça 29/11, abriremos para ambientação com cardápio reduzido das 12h até 23h. E aí, quem vem?!
Fran's Café João Pessoa/PB
Chegou o grande dia!!! Hoje, às 12:00h, iniciaremos nossas atividades em João Pessoa. Venham nos conhecer, provar o nosso famoso blend de café e todas as delícias que o FRAN´S CAFÉ vem oferecer aos pessoenses! Esperamos por vocês!
Fran's Café João Pessoa/PB (2 dezembro 2011)
Hoje é sexta-feira! Dia de encontrar os amigos e colocar a conversa em dia, curtindo algumas delícias do Fran´s Café! Uma boa pedida é saborear um Franccino Doce de Leite, acompanhado de um Italian Roll Toscana, que acham? Eperamos por vocês! Tenham todos um excelente fim de semana, com muuuito Fran´s Café! :))
Fran's Café João Pessoa/PB (3 dezembro 2011)
Bom dia!!! Temos uma novidade quentinha para vocês! O Fran´s Café João Pessoa abrirá neste DOMINGO para o café da manhã! Venham tomar um delicioso breakfast conosco e começar bem o dia! Estaremos esperando por vocês a partir das 07:00h! Combinado? ;)
Fran's Café João Pessoa/PB
Hoje, SEGUNDA-FEIRA (05.12.2011), estaremos fechados, mas amanhã (06.12.2011) retomaremos nossas atividades, funcionando das 12:00h às 23:00h com o cardápio COMPLETO para vocês! Venham e aproveitem! ;)
Fran's Café João Pessoa/PB
Oi, pessoal!! Excepcionalmente, amanhã, QUARTA-FEIRA (07.12.2011 ), abriremos após as 17:00h. Que acham de dar uma passadinha por aqui e provar algumas destas gostosuras? :))

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

CADERNO DE RABISCOS

Adoro ganhar presentes! Adoro mais ainda quando são ofertados por amigos queridos e bem humorados! O livro “Caderno de Rabiscos – para adultos entediados no trabalho” , de Claire Faÿ (Intrínseca, 2008) chegou no perfeito momento do pós-férias. Aquele em que você se encontra no limiar do “tudo bem, vamos trabalhar, é a vida” e “que droga, as férias acabaram”. Nota dez para o título, perfeito. Nota mil para o conteúdo, divertidíssimo.

Confiram a sinopse:
“Este é um passatempo altamente recomendável para todos os que se sentem estressados no ambiente profissional. Longe das intrigas de escritório, das fofocas de corredor e das reclamações rotineiras, Caderno de rabiscos - para adultos entediados no trabalho funciona como uma válvula de escape ideal para a pressão de funcionários indignados e/ou insatisfeitos. A autora garante risadas ao propor brincadeiras e "atividades" com seu olhar crítico e bem-humorado sobre o ambiente corporativo. Sem efeitos colaterais ou contra-indicações do departamento de RH, esse livrinho provocante é um sucesso em vários países europeus - permaneceu um ano nas listas de best-sellers franceses, garantiu sua posição entre os dez livros mais vendidos naquele país em 2007, e foi traduzido em dez línguas. Aumentará a popularidade de qualquer um na empresa.”


Confiram o texto da contracapa:

Seja feliz no trabalho!
Finalmente um caderno de rabiscos para você:

- riscar seus problemas,

- puxar o saco do chefe sem que ninguém perceba,

- fazer pausas mais saudáveis para fumar,

- responder a seu superior e fechar o bico dos colegas,

- aturar os chatos,

- dar uma cochilada...

Isso vai, inclusive, torná-lo ainda mais popular na própria empresa. Os colegas vão ficar doidos por uma boa sessão de rabiscos.

É também altamente recomendável a todos que se sentem estressados no trabalho: vão enfim descobrir uma válvula de escape para a pressão.

Que tal rabiscar também?



P.S.: Um agradecimento especial à amiga Inger, por ter tornado a labuta diária/compartilhada muito mais divertida.

sábado, 26 de novembro de 2011

TEMPO, TEMPO, TEMPO

Entre mil coisas, uma me chamou especialmente a atenção em minha temporada no Japão. O ritmo, a batida leve do tempo das coisas e das pessoas. Um mundo moderno, onde a tecnologia e seus benefícios, curiosamente, não são o centro das atenções. Elas simplesmente permeiam os hábitos. Estão ali para facilitar e nada mais. Você mal percebe que a privada dá a descarga sozinha, que quase tudo “fala” com você, ou que o pedágio é automático (o carro também fala com você nessa hora, avisando o valor que foi descontado de seu cartão pré-pago). Ao contrário de todos os estereótipos que se tem sobre o lugar, o que se destaca é a gentileza do atendente, a sutileza dos sorrisos simpáticos, a naturalidade da preocupação com o meio ambiente, entre muitos e muitos outros detalhes. Mesmo que todos estejam com pressa e que todos os horários sejam rigorosamente cumpridos, o que se vê é um povo sereno e extremamente cordial. Curiosamente, ao voltar das férias engrenei a leitura do livro “Perca Tempo – É no lento que a vida acontece”, de Ciro Marcondes Filho (Paulus, 2005, 111 páginas). Primeiro da fila das leituras atrasadas, feliz coincidência com este momento de percepção de algo que só aqui, nas lembranças e saudades, pude perceber. Como a tranqüilidade desse tempo oriental me fez tão bem. Tenho tentado, nas bandas de cá, manter o ritmo mais lento, questionando a pressa, o desejo de fazer mil coisas ao mesmo tempo. E na contramão de tudo, outro aprendizado. Estou quase conseguindo cumprir horários, o que atribuo à percepção de que meu descontrole com horários nada mais era do que um protesto silencioso e inconsciente a esse mundo moderno. A gente aprende tanto, e quase não se dá conta. Deve ser por isso que dizem por aí, viajar é cultura.

Segundo Ciro Marcondes Filho, “ao optar pelo perca tempo, parece que se consegue entrar numa outra faixa de sintonia, num outro ritmo, numa esfera acima dos conflitos cotidianos. Ao optar pela redução da velocidade, o corpo também reage e se torna mais leve, seus movimentos mais harmônicos e compassados. Entra-se no mundo dos sentidos tanto tempo atrofiado. Tem-se uma expansão da sensibilidade sem precisar fazer uso das drogas... Não se trata de apatia. Ao contrário, é um procedimento em que a pessoa tende a se tornar mais atenta, mais cuidadosa, mais compenetrada e ligada no que acontece. Só que em outra velocidade. E, nesse novo comportamento, desenterra-se a sensibilidade esclerosada, endurecida, esquecida."

E ele também cita o filósofo romano Marco Aurélio, com essa indagação: “Quando você gozará do prazer de ser simples, do prazer de conhecer cada coisa particularmente em sua essência, o lugar que ela tem no mundo, a duração que a natureza lhe reserva, os elementos de que ela se compõe, os seres a que ela pertence, e o que ela pode nos dar e nos fascinar?”

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

JET LAG

Eis o nome da tal confusão mental que dizem acometer aqueles que enfrentam mudanças meridionais. Essa tal “fadiga de viagem” grudou em mim como chiclete velho. Não era para menos. Mais de 50 horas de voo, ida e volta, e outras tantas em trânsito. Mas desconfio mesmo que essa leniência tem outra explicação. Misto de saudade, grande, e de inconformismo. Saudade de minha família do sol nascente, linda, divertida, amada. E como se conformar e simplesmente voltar à “realidade” depois de ver que esse papo de primeiro mundo não é balela? Acreditem, cidadania e dignidade existem, sim senhor. Cidades limpas, direitos respeitados, horários cumpridos, um mundo sem violência e medo, tantas e tantas coisas. Bom demais estar de volta ao palco de minha morada. João Pessoa (PB) é encantadora. O Brasil é um país rico e mágico. Mas a vida seria mais fácil se ao invés de “desenrolar” uma história a gente pudesse viver em uma sociedade honesta, justa e menos egoísta. Como faço para voltar para casa? Justo agora que descobri ter dupla cidadania?Já não bastava ser geminiana?

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

JAPAN



Indo para Miyajima, cidade da província de Hiroshima, para ver o Hanabi.
 















Pisando nos mistérios do Oriente! Descobri que o outro lado do mundo não existe....a realidade é que é bem maior que nosso mundinho cotidiano. O Japão não é apenas outro país, mas outro planeta, um lugar realmente encantador, cheio de mistérios e surpresas. Depois de quase dois dias entre aeronaves e aeroportos, a emoção de sobrevoar Casablanca e a distante Sibéria, voltei a estar em casa. Irmã, cunhado, sobrinhos.  Conhecer os pequenos novos membros, tão familiares em pequenos detalhes. Apenas um instante e a distância já não mais existia. O mal estar do fuso horário, esse tenho certeza que não passa nunca mais. Mas não tem mesmo como voltar ao que se era depois de pisar por essas terras.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

ROCK AND ROLL

Um dos gêneros mais rebelde e contestador do mundo da música hoje faz aniversário, 13 de julho é o Dia Internacional do Rock. A data foi decretada em 1985, quando foi promovido o primeiro Live-Aid, um mega-show que teve por finalidade arrecadar fundos para combater a miséria do continente africano. O rock já tem mais de 50 anos, é praticamente um vovô, mas continua símbolo de rebeldia e contestação. Seja qual for a idade que você tenha hoje, é impossível nunca ter ouvido o som de Elvis Presley, Beatles, Rolling Stones, Lead Zeppelin, Pink Floyd, Jimmy Hendrix, Janis Joplin... e tantos outros papas do rock. Um universo com mais de cinco décadas de história para contar, muita estrada e muito som. Cresci embalada pelo rock, a cara da paulicéia desvairada, minha eterna referência de lugar. O som dos anos 80 no roteiro da adolescência. Já fui a muitos, muitos shows. Tantos, que hoje nem tenho mais disposição. Mas um dos melhores foi o 1º dos Rolling Stones por essas bandas, na turnê de divulgação do álbum "Voodoo Lounge". Estava lá por acaso, trabalhando na produção, pouco interessada e cansada. Um começo de tumulto após o fim dos ingressos me prendeu no estádio. Quando as luzes se acenderam e aquela voz rouca invadiu o Pacaembu (meu amado Morumbi estava com rachaduras e o show foi transferido de última hora), entendi que a tal magia da banda era verdadeira. E viva o rock! E viva a boa música, seja ela qual for.  

quinta-feira, 7 de julho de 2011

1968

Mais uma passadinha pelo texto agradável de Zuenir Ventura. “1968. O que fizemos de nós” (Planeta, 2008, 220 páginas), é leitura obrigatória para quem se encantou com o livro que marcou uma geração e uma época, “1968, O ano que não terminou”. Não sei bem o motivo, talvez por ser também meu ano de nascimento, mas sempre tive um carinho especial. Segundo Zuenir "suspeita-se que 1968 não foi um ano, mas um personagem - inesquecível e que teima em não sair de cena". Interessante a ponte que o autor faz entre um livro e outro. Interessante saber o que pensam os personagens da época. O frescor habitual do autor levou-me para o lado leve da obra. Uma lista do que não existia naquela época, e que hoje é lugar comum. Estes somos nós em 2011:
CD, DVD, Gisele Bündchen, bala perdida, telefone celular, internet (Web, Google, Orkut, site, e-mail, MSN, Second Life), alimentação diet, Viagra, Big Brother, mania de correr, notícia em tempo real, interatividade, iPod, AIDS, medo de colesterol, medo de assalto, grades nos prédios, piercing, depilação dos grandes lábios, Botox, seios turbinados, o “estarei fazendo”, anorexia, globalização, DNA, pensamento único, academias de musculação, Bill Gates, baile funk, controle remoto, forno de microondas, TV em cores, TV a cabo, garotas de programa (com este nome), shopping centers, ecstasy e mania de fazer lista como esta.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

VERMELHO E BRANCO

Aproveitando o mote do post anterior, confesso. Uma pontinha de inveja dos pacientes do psicanalista Contardo Calligaris, autor do livro “A Mulher de Vermelho e Branco” (Companhia das Letras, 2011, 205 páginas). Como ele, também acredito, não dá para confiar num analista que circula só nos porões da mente, e não nos da vida. O texto está recheado de elementos autobiográficos, que ilustram um enredo que une investigação psicanalítica e policial. Diverti-me tentando desvendar o mistério do limite entre ficção e realidade. A velha mania de querer saber mais sobre seu analista, uma tentativa quase desesperada de descobrir se ele também é humano, como você. Aqui, volto novamente para a tal da inveja, a tal do Zuenir Ventura. Em algum momento um dos seus entrevistados diz ser comum a inveja que o paciente sente do aparente equilíbrio do seu analista. Bom mesmo é que a generosidade de uma amiga, ao emprestar seu livro novo, proporcionou uma leitura agradável. Bons momentos ao lado de Carlo Antonini, personagem principal. Ele recebe uma nova paciente em seu consultório, em Nova York. O que parece uma consulta trivial, pouco antes de uma viagem que o terapeuta fará a São Paulo para uma palestra e alguns dias de férias, desencadeia uma trama envolvendo um casamento conturbado, uma organização suspeita de terrorismo, um assassinato e uma história familiar de vingança. Sem contar o (re)encontro com uma namorada vietnamita dos tempos em que morou em Paris.

Sobre o autor
Calligaris nasceu em 1948, em Milão. Estudou em Genebra e Paris, onde iniciou sua formação psicanalítica. Radicado no Brasil, é Doutor em Psicologia Clínica pela Universidade da Provença, na França, onde defendeu a tese "A Paixão de Ser Instrumento", estudo sobre a personalidade burocrática, foi professor de Antropologia na Universidade da Califórnia em Berkeley e de Estudos Culturais na New School of New York. É autor de diversos livros e também é colunista da Folha de S. Paulo, desde 1999.

domingo, 19 de junho de 2011

INVEJA

Prazer e diversão na leitura de “Inveja – Mal Secreto, do jornalista e escritor Zuenir Ventura (Objetiva, 1998, 264 páginas). Trata-se do primeiro volume da coleção Plenos Pecados. Sete autores diferentes escrevendo sobre um vício capital: inveja, luxúria, avareza, preguiça, ira, soberba e gula. Daqueles livros que você vai lendo devagar, que é para não acabar logo. E que quando termina deixa saudades. Sem contar o prazer de se descobrir invejoso e invejado. Isso mesmo, confessemos este pecado universal, que atinge a todos sem a menor discriminação.

Segundo um dos padres entrevistados pelo autor, nas confissões “só as pessoas puras expressam diretamente. Dizem para nós: Tenho muita inveja de fulano, preciso me curar.”Já uma das psicanalistas entrevistadas diz o seguinte: “Há que se distinguir a inveja que é consciente, admitida pelo sujeito, da inveja que existe e da qual o próprio invejoso não se dá conta conscientemente. (...) Todos nós, evidentemente, carregamos um tanto dela dentro de nós. O problema não é a existência em si da inveja no indivíduo, e sim o quanto ela é prevalente e/ou ativa na vida do sujeito.”

Ah! Antes que esqueça, confesso a enorme inveja sentida ao ler o livro do Zuenir Ventura do meu companheiro, autografado. Queria que o livro fosse meu, e queria também ter podido estar na palestra do escritor aqui em João Pessoa. Afe! Essa coisa, a tal da inveja, aparece quando a gente menos espera!

sábado, 18 de junho de 2011

18 de junho


DIA FELIZ
Carinho dos amigos queridos, minha família linda, e uma vida inteirinha pela frente. Entre presentes e lembranças, a descrição de minha mãe do dia do meu nascimento. Olhinhos brilhando, um sorriso no rosto, quase pude me ver nascendo em sua narrativa. Presente que não tem preço ver a sua alegria ao relembrar este dia.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

STOP

Tempo para ter tempo. Nada de muita programação, apenas a fluidez das horas sentidas. Tomar café na cama, assistir ao jornal matinal relaxada, dormir fora de hora e, máximo dos máximos, assistir a sessão da tarde comendo besteiras nada saudáveis. Férias de mim mesma e dessa vida estilo maratona.

terça-feira, 31 de maio de 2011

127 Horas

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Engraçado esses recortes inconscientes que a gente acaba fazendo das coisas, pessoas, projetos. A vida é uma ilha de edição. Fazemos cortes a todo o tempo. Melhoramos lembranças, esquecemos pessoas. Que os deuses me livrem de uma vida linear. Andei pensando porque, no meio de tantos livros, filmes, artigos, que como boa geminiana estou sempre xeretando, escolho um ou outro para escrever sobre. Coisas do mundo da psicanálise. Por esses dias resolvi assistir 127 Horas (Drama, 2010, Reino Unido, 93 min). Tirando filmes de terror, que esses não alcanço coragem (isso mesmo, coragem, é ridículo) de assistir mesmo, não tenho exatamente um estilo. Adoro documentários, drama, aventura, espionagem, animação, enfim, meu gênero preferido é o bom filme. Fiquei com esse filme por semanas na gaveta, enquanto esperava o empurrãozinho para levá-lo até o DVD. Meio solitário, confesso que não sei exatamente se gostei, ou não. Se bem que, fico pensando, alguém deve 'gostar' de um filme que mostra algo tão cruel, tão real?
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O tempo todo me colocando no lugar do personagem, tão solitário, e pensando se teria coragem de tal ato, cortar a própria mão para sobreviver. Afligi-me o tempo todo. Antes, com a expectativa. Durante, uma angústia. Depois, um desconforto em relação a essas situações que nos deixam num beco sem saída. Ou com saída estreita, como mostra o filme onde, em maio de 2003, Aron Ralston (James Franco) trilhava uma aventura pelos canyons de Utah, nos Estados Unidos, e acabou ficando com seu braço preso por uma pedra após uma queda dentro de uma fenda. Sozinho e isolado do mundo, sua luta pela sobrevivência foi relatada em um livro e durou o tempo que batiza esta produção, 127 horas. Em sua rotina agoniante, ele se recusa a assumir o papel de coitadinho. Registra tudo, material que depois serviu de base para o filme, dirigido por Danny Boyle o mesmo de Quem Quer Ser um Milionário?.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Hoje acordei pensando assim...

‎"Te­nho que ter paciência para não me perder dentro de mim: vivo me perdendo de vista. Preciso de paciência porque sou vários caminhos, inclusive o fatal beco-sem-saída"

Clarice Lispector, in Um Sopro de Vida .

quinta-feira, 26 de maio de 2011

ANTES QUE O MUNDO ACABE

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Por esses dias o mundo estava para acabar. Parece que erraram, mais uma vez. Lado bom, vida pela frente. Lado ruim, as contas terão que ser pagas, não tem perdão. Por esses dias, também, me deparei com um filminho daqueles que você não sabe bem de onde veio, não tem referências. “Antes que o Mundo Acabe” (Drama, 2009, 97 min, Brasil) é uma comédia dramática juvenil cheia de referências  aos hábitos e linguajar do Rio Grande do Sul, os personagens não se esforçam para serem entendidos. A gente é que vai se acostumando, e quando vê já entrou na história. Um filme leve, simpático, poético e bem humorado. Com um espírito meio caseiro, mas que também deixa entrever um cuidado em sua produção (mesmo que às vezes pareça meio simplório demais). Daqueles títulos para assistir no final da tarde de domingo, sem pretensões, com um pote de pipoca e guaraná. Simples prazer, que conquistou o prêmio de Melhor Filme Juvenil no 15º SCHLINGEL - Festival Internacional de Cinema para Crianças e Jovens (2010, Alemanha).
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O enredo é o seguinte. Daniel (Pedro Tergolina) tem 15 anos e vive numa pequena cidade, no interior do Rio Grande do Sul. Em sua existência restrita, vive seus pequenos dramas: uma namorada que não sabe o que quer, o melhor amigo sendo acusado de ladrão e o pai que reaparece depois de 15 anos, mostrando para o menino, por meio de fotografias, que existe muito mais além das fronteiras de seu restrito mundo. Trata-se da estréia da curta-metragista Ana Luiza Azevedo na direção de um longa, depois de aclamada carreira formada por curtas produzidos na Casa de Cinema de Porto Alegre, uma das principais produtoras cinematográficas brasileiras, centrando grandes talentos do cinema produzido no Rio Grande do Sul, como Jorge Furtado.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

OS LIVROS NÃO MORRERAM

Revista Veja - edição 2217

Grande satisfação a capa da revista Veja desta semana (edição 2217 – nº 20, 18 de maio de 2011), com destaque para a multiplicação de leitores. Segundo a reportagem, ao contrário do que se acreditava, o advento da Internet e as novas tecnologias não mataram os livros. Assim como não aconteceu com o surgimento do cinema, televisão, DVDs, videogames, etc... “Pois o que se vê é a multiplicação dos jovens que gostam de ler, reconhecendo que um bom texto ainda é, para a vida pessoal e profissional, um instrumento decisivo, afirma a matéria da Veja, em letras garrafais. E tem mais, pois o texto também contraria a previsão daqueles que imaginavam serem prejudiciais essas manias, verdadeiras febres juvenis, de Harry Potter e companhia. Na prática, o que aconteceu foi que aqueles leitores, que entraram no mundo do livro por essa porta, acabaram descobrindo o prazer de leitura e foram em frente, em busca de clássicos e outras leituras. Até a os livros de autoajuda, vejam só, também acabaram se mostrando positivos, como porta de entrada à leitura.

Fonte: http://www.shoptime.com.br/
E o bom é que todas essas teorias confirmadas batem com as minhas. Nunca acreditei no fim do livro (nem do jornal impresso). Mudanças, adaptações, afinal evoluímos, graças a Deus. Mas não o extermínio, nem a tese pessimista de que uma mídia elimina a outra. E quanto aos Harry Potter da vida, ou qualquer outra leitura mais amena, sempre acreditei que o importante é ler, tornar um hábito. Depois que ele se estabelece você vai aperfeiçoando, e aí é um caminho sem volta, no bom sentido. Esses dias, pura coincidência, andei ‘ouvindo’ o CD do Caetano Veloso, “Livros” (Polygram, 1997), com 'letras' deliciosas, nos dizendo que os livros podem lançar mundos no mundo.


Tropeçavas nos astros desastrada
Quase não tínhamos livros em casa
E a cidade não tinha livraria
Mas os livros que em nossa vida entraram
São como a radiação de um corpo negro
Apontando pra a expansão do Universo
Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso
(E, sem dúvida, sobretudo o verso)
É o que pode lançar mundos no mundo.


domingo, 1 de maio de 2011

MADE IN PARAÍBA


Foto: Lilla Ferreira

Se for verdadeira a máxima que diz ser o artesanato brasileiro um dos mais ricos do mundo, é certo que o Nordeste contribui muito para isso. Uma diversidade de estilos, materiais e peças. Há mais de uma década de volta ao meu local de origem, de onde tinha tão poucas referências (fui embora muito cedo), ainda me surpreendo com tantas belezas. Esses dias paralisei, enquanto esperava o mestre Ariano Suassuna para falar em um evento que homenageava, vejam só, a cultura popular. Já tinha ouvido falar por uma amiga sobre estas sandálias, mas não imaginava tal encanto. Em outras terras talvez fossem artigo de luxo, mas aqui em João Pessoa (PB) são vendidas em um bairro simples, num mercado popular, longe do circuito das praias e seus artigos/artesanatos para turistas. Fiquei encantada com o colorido e a criatividade.

Quem estiver interessado!

Lojas Só Couro
Foto: Lilla Ferreira

Lairton-Artesão
Mercado Público de Mangabeira
Box 6 - João Pessoa – PB
Contato:
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ARIANO-ESPETÁCULO


Ariano Suassuna, cumprimentando
sua platéia. (Foto: Helder Pinto)

O paraibano Ariano Vilar Suassuna, aos 84 anos, tem a mesma empolgação dos primeiros anos de trabalho. Quem já teve o prazer de se encantar com o discurso do escritor, não duvida. Foi o que constatou o (grande) público que compareceu à abertura do VII festival de arte e cultura do Sindicato dos Bancários da Paraíba (BANCARTE), dia 28, em João Pessoa (PB). O que transparece em Ariano não é só sua paixão pelo mundo das letras, mas pela vida e seus personagens. E ele mesmo é o seu melhor personagem. Engraçado, espirituoso, teimoso, inteligente, cativante. Sua fala reflete uma história de vida. Quando ele fala (ou se apresenta?) hipnotiza platéias. Extrapolando sua função de orador, transforma-se ele mesmo em um evento. Torna-se um “homem-espetáculo”, capaz de conquistar até mesmo seus opositores, com uma visão bem pessoal sobre a vida e a arte.
Chico César, na platéia
(Foto: Helder Pinto)

Até mesmo as historias repetidas provocam risos, a gente vê graça no contador, com sua estética divertida. Neste encontro, ele chegou reclamando de uma gripe, pedindo desculpas pela fala difícil. Bastou começar, e já parecia ótimo. Foi logo dizendo que apoiava o músico Chico César, também nosso secretário de Cultura do Estado, o primeiro da pasta. Apóia Chico em sua postura polêmica de selecionar apenas artistas ligados a cultura nordestina paraibana para a festa de São João. Como se estivesse em sua sala de visitas, falou sobre a eterna luta pela cultura popular. Afirmou que a atuação como escritor tem sentido didático. “Assumo o papel de dizer coisas que outras pessoas não dizem”, explica o escritor.
Arian Suassuna (Foto: Helder Pinto)

Lembrando que suas duas maiores paixões de infância, os livros e o circo, continuam muito acesas. Atualmente atuando também como secretário-chefe da Assessoria Especial do atual governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ele criou o “Circo da Onça Malhada”. Um projeto que já percorreu cerca de 63 municípios. Ele, que já foi secretário de Cultura no primeiro mandato de Campos, disse não estar preocupado com essa coisa de título. “Só me orgulho do cargo de escritor Ariano Suassuna”, concluiu.

Mais fotos

Ariano, animado com a conversa no BANCARTE
(Foto: Helder Pinto)

Ariano, irreverente
(Foto: Helder Pinto)


Jornalista Ricardo Anísio recebendo a medalha Ariano Suassuna
(proposta pela Câmara Municipal de João Pessoa) das mãos do escritor.
(Foto: Lilla Ferreira)


sexta-feira, 29 de abril de 2011

CINEPORT EM JOÃO PESSOA

Foto: Divulgação
Definida a data da realização do 5º Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa (CINEPORT), que deverá acontecer de 26 de agosto a 04 de setembro, em João Pessoa (PB). O festival está dividido nas categorias Competição Andorinha de Curta Metragem, Competição Andorinha de Longa Metragem e Prêmio Energisa de Estímulo do Audiovisual Paraibano. O evento é uma realização da Fundação Cultural Ormeno Junqueira Botelho e pretende integrar o mercado cinematográfico dos países de língua portuguesa. A programação contempla seminários, painéis, debates, conferências, mostras e lançamentos de mídias.

Foto: Lilla Ferreira 
Usina Cultural Energisa
A última edição na cidade aconteceu em maio de 2009, e era de se esperar que esta edição (bienal) acontecesse em data similar. Ledo engano. Mais uma vez as mudanças políticas afetam, especialmente, a cultura e seus afazeres. O Fenart sequer terá sua edição este ano. Tantos outros eventos que aparecem, desaparecem, e só confundem os interessados. Desse jeito fica difícil formar público. No período do Cineport talvez não esteja na cidade. Em sua quarta edição, fui a todos os dias, por prazer e necessidade. Realizando a cobertura para o jornal A União, um trabalhozinho bem divertido.


Mais informações:
http://www.festivalcineport.com/2011/default.asp.



FOTOS - 4º edição - João Pessoa/PB - Usina Cultural Energisa
Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa

Com o mestre Linduarte Noronha
Grande público

As andorinhas
Com Emiliano Queiroz
Almoço promovido pelo Governador

Entrada da tenda de exibição

Longas filas

Bode-Arte
Uma diversão, bodes espalhados por todos os lados

Exibição de Nome Próprio, com Leandra Leal

Encerramento


quinta-feira, 28 de abril de 2011

QUINTA LEGAL

Fonte: noticias.digi.com.br
Quinta animada em João Pessoa. Ariano Suassuna no Bancarte, festival de arte e cultura do Sindicato dos Bancários da Paraíba, e início da nova temporada do projeto “Que tal quinta”, promovido pela Fundação Cultural de João pessoa, que tem a coordenação do escritor e amigo André Ricardo Aguiar.



Fonte: Divulgação
O Bancarte, que este ano faz uma justa homenagem ao escritor paraibano Ariano Suassuna, também traz na sua programação Geraldo Azevedo, Nando Cordel, Os nonatos, Santanna cantador, Os Três do Nordeste, e grupos folclóricos. Mas o Sindicato dos Bancários da Paraíba não esqueceu a categoria profissional que representa, e estará homenageando os bancários (como faz em todas as edições) José Francisco de Souza “Souzinha” (in-memoriam) e Pedro Fernandes. Além disso, o evento terá mais uma edição do Festival de Música dos Bancários, onde só podem concorrer profissionais do ramo, desde que sindicalizados, tanto como autores como na interpretação.
Serviço
VII BANCARTE
Quando: de 28 de abril a 1º de maio
Horário: 19h00
Onde: Sindicato dos Bancários da Paraíba
Endereço: Rua: Av. Beira Rio, 3100, Tambauzinho - João Pessoa – PB
Informações: (83) 3224-2054


Fonte: Divulgação
A nova temporada do projeto "Que tal quinta?" terá como foco os temas literatura e gênero. A atual edição traz como convidadas a autora paulista radicada no Ceará Nina Rizzi e a poetisa potiguar Marize Castro, com mediação do jornalista Tiago Germano. O projeto literário, de caráter aberto e lúdico, acontece sempre na última quinta-feira de cada mês, com a participação de dois ou mais convidados para um debate sobre um ou mais temas ligados à obra de cada autor. Também há espaço para performances poéticas, recitais, exibição de vídeo e lançamento de obras, com o objetivo de promover a interlocução entre autores e consumidores de obras literárias, estimulando a produção e descentralizando os bens e as expressões culturais da Capital.
Serviço
'QUE TAL, QUINTA?'
Quando: 28 de abril Quinta-feira
Horário: 18h00
Onde: Sala Funjope – 3º piso da sede da Funjope  - Rua Duque de Caxias, nº 352, Centro
Mais informações: 3218-9811 (André Aguiar)


domingo, 10 de abril de 2011

11 de março

"Tem dias que a gente se sente/Como quem partiu ou morreu/A gente estancou de repente.../A gente quer ter voz ativa/No nosso destino mandar/Mas eis que chega a roda viva/E carrega o destino prá lá ..." A letra da música do Chico Buarque pode até servir para explicar, a sensação de impotência diante do terremoto que assolou o Japão naquela sexta-feira. O imponderável.

Mas foi outra que me veio à cabeça, antes de ter certeza que minha amada família estava bem. Aquela do Legião Urbana, "é preciso amar as pessoas, como se não houvesse amanhã..." Quer saber? É realmete preciso amar e curtir as pessoas, todos os dias, todos os momentos. Mas o bem-estar de ter os seus bem, em segurança, nem de longe diminui a dor de ver tanto sofrimento, tantas perdas e famílias destruídas. O outro lado do mundo, para mim, sempre foi e será aqui do ladinho de casa, e do coração.