Leitura leve e rápida. Foi
assim com Sushi (Bertrand Brasil/BestBolso, 2012, 558 páginas), de Marian Keyes. Ele veio parar
no carrinho de supermercado por acaso, acho que era uma boa promoção, e a hora
da fome. Adoro sushi. E porque não? Eram dias de folga, perfeitos para leitura
descompromissada. O bom foi descobrir que a coisa toda do livro acontecia
exatamente no universo de uma redação de revista feminina. É como dizem, as
águas acabam correndo para o mar. Apesar do tom de romance feminino + best seller,
me diverti reconhecendo comportamentos na tal redação, e de quebra ainda
conheci um pouco da Irlanda, onde a estória se desenrola.
quinta-feira, 27 de junho de 2013
segunda-feira, 24 de junho de 2013
My family
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Inch'allah
Algumas coisas nos fazem acreditar que realmente menos é
mais. O filme Inch’allah (Inglês/Francês/Hebreu, Drama, 2012, 102 min.) é de
uma singeleza que chega a incomodar. Por vezes esperei que a ação fosse evoluir,
e nada. A narrativa continuava linear, contando uma história complicada de forma
simples. À medida que o filme avança a gente se dá conta de que realmente não
precisa mais, o sofrimento e a angústia dos personagens preenchem todas as
antigas expectativas de ação. O drama é psicológico. As dores são subjetivas.
Mas a história é bem real, e o que vemos na tela acontece agora, enquanto
escrevo esse texto. Saber disso, sofrer com eles e sentir-se impotente diante
de tudo, já é o suficiente.
Sinopse
Chloé é uma jovem médica canadense que divide seu tempo
entre o Ramallah, onde trabalha com a Organização Humanitária "Red
Crescent", e Jerusalém, onde mora ao lado de sua amiga Ava, uma jovem
soldado israelense. Cada vez mais sensível ao conflito, Chloé vai diariamente
pelo posto entre as duas cidades para chegar ao campo de refugiados, onde
monitora as gestações de mulheres jovens. Como se torna amiga de Rand, uma de
suas pacientes, Chloé aprende mais sobre a vida nos territórios ocupados e
começa a passar algum tempo com a família de Rand. Dividida entre os dois lados
do conflito, Chloé tenta tudo que pode para criar elos entre suas amigas, mas
sofre por permanecer uma eterna estrangeira para ambos os lados.
sexta-feira, 14 de junho de 2013
Instituto dos Cegos
O Instituto dos Cegos da Paraíba Adalgisa Cunha (ICPAC) realizará a sua tradicional festa de São João, consagrada pela animação contagiante de quem têm tantas histórias de superação para celebrar. O autêntico forró pé de serra será garantido pelo show da Banda Caçuá, com participação do cantor Beto Melo e do Trio Forró Pesado, composto por deficientes visuais. A Quadrilha do Coronel Laurentino, uma das poucas no Brasil formada por casais de cegos, será outro ponto alto da programação, homenageando o mestre Sivuca, com o tema “Feira de Mangaio”.
Serviço
Data: hoje (14/06/2013)
Hora: a partir das 19h00
Local: Instituto dos Cegos da
Paraíba Adalgisa Cunha, localizado na Av. Santa Catarina, 396, Bairro dos
Estados, João Pessoa (PB)
terça-feira, 11 de junho de 2013
Casagrande e seus Demônios
Invadindo o campo do "inimigo"
Ainda na adolescência, influenciada por alguma personagem de romance que não recordo o nome, teimei em escrever diários. A mania não vingou, ia dando uma preguiça. Mas uma coisa é certa, outro dia os encontrei e me surpreendi. Ao contrário da tal personagem do romance, o tema mais recorrente nos meus diários era o futebol. Resultados de jogos, comentários, a alegria de ver o time ganhar, a guerra com os meninos adversários na escola. Sendo assim, não tinha como deixar de admirar o talento de Casagrande, mesmo sendo torcedora do tricolor paulista. Corintiano roxo, ele foi me conquistando de verdade aos poucos como comentarista. Embora ainda me irrite com sua torcida descarada nos jogos do São Paulo x Corinthians, comentados por ele na televisão. Mas sua sinceridade exagerada acabou me levando para o seu time e deixando-me curiosa para conhecer seu drama no livro “Casagrande e seus demônios” (Globolivros, 2013, 242 páginas) escrito em parceria com Gilvan Ribeiro.
Como toda narrativa autorizada,
essa não foge à mania de carregar menos na tinta de algumas histórias ou
personagens. Casagrande se expõe com firmeza e facilidade, mas poupa claramente
sua família. Filhos, pais e amores são apenas pincelados aqui e acolá. Um exemplo
é o fato do problema vivido com o alcoolismo do pai, durante sua adolescência,
ser colocado discretamente quase ao final do livro, e ainda por cima como se não
tivesse muito a ver com seus demônios. Mas o livro é bem escrito, com uma não linearidade
que enriquece a leitura, e recheado de boas histórias. Não tem o tom paternalista
de alguns discursos no combate às drogas, sua cor é forte. O craque se coloca
como alguém que curtiu a vida, não se arrepende, mas perdeu a mão e se ferrou.
Que demorou a admitir que é impotente perante as drogas, mas também que teve a
chance de recomeçar, algo que seu companheiro Sócrates não conseguiu. Talvez um
bom exemplo para aqueles que defendem a internação compulsória. Se não fosse a
coragem de seu filho mais velho de interná-lo à revelia, talvez não estivesse
vivo para contar a história.
segunda-feira, 10 de junho de 2013
Colocando a leitura em dia...
Revista Caros Amigos |
sábado, 1 de junho de 2013
Meus Livros
A trajetória de Padim Ciço
Em tempos de crise uma boa
pedida é se pegar com a fé. E o momento pede santo forte, de preferência da
região. O escolhido foi meu Padim Ciço. Cresci ouvindo histórias, mas acho que
como a grande maioria dos fiéis pouco sabia sobre a trajetória desse religioso
que virou personagem. O livro Padre Cícero – Poder, Fé e Guerra no Sertão, de
Lira Neto (Companhia das Letras, 2009, 557 páginas) narra em detalhes sua
história. Para o meu paladar literário detalhes demais. Quando não estava
perdida na riqueza excessiva de detalhes e nuances da história dos 90 anos de
vida do padre Cícero Romão Batista, estava tentando tomar partido. O tempo todo
vagando entre os que acreditam em sua boa fé, e aqueles que acreditam ter sido
ele um grande oportunista. Acho que no fim das contas acabei ficando do lado
daqueles que acreditam, e ainda aproveitei para fazer uma promessa, afinal o
momento pede e ninguém é de ferro.
Um homem de boa (grande) fé.
Talvez vítima de um momento histórico complicado para homens religiosos
contestadores. Talvez um tanto ingênuo no início e bem astuto ao final. Mas com
certeza cercado por alguns aproveitadores. A paixão por sua terra era quase
proporcional a sua vocação. Oportunidade de conhecer um pouco a trajetória “desse
homem misterioso que, mesmo tendo um decreto de excomunhão contra si, arrebatou
o coração das massas e passou à memória coletiva e ao panteão popular como
santo”. Uma condição que a igreja está revendo atualmente, afinal parece um
grande desperdício ignorar a romaria de fiéis que até hoje ruma ao Juazeiro
atrás das graças do santo nordestino.
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