sexta-feira, 23 de abril de 2010

CHICO XAVIER


Sempre que vejo filmes com roteiros adaptados de bons livros, fico com a sensação de quero mais. A narrativa impressa, de um bom texto, é sempre mais rica que o melhor dos filmes, penso eu. A subjetividade das intenções e dos personagens é infinitamente maior, no caso da boa e velha impressão. Esses dias fui ver o filme que conta a história do mestre Chico Xavier, e foi exatamente essa a sensação, de quero mais. Imagino que o filme devia vir acoplado à um bom documentário, contando um pouco mais de uma história de vida tão rica. A história do maior médium espírita do século XX continua no topo das bilheterias nacionais, firmando-se como o primeiro grande sucesso nacional do ano.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

A MORTE

Depois de passar o feriado vendo muitos filmes, uma pausa na segunda para terminar o divertido livro de José Saramago, “As Intermitências da Morte”. Uma daquelas sacadas que a gente fica com inveja e pensa, queria ter nascido assim, com essa criatividade. Quem mais pensaria na senhora morte suspendendo suas atividades? Divertido do começo ao fim, a obra me lembra um texto de Simone de Beauvoir que li ainda na adolescência, “Todos os homens são mortais”, onde o personagem central, o conde Fosca (um personagem do século XIII) desafia o tempo e chega até os dias de hoje questionando tópicos inerentes à natureza humana, tais como a ambição, o poder, a imortalidade, o prazer, o destino e a transcendência. Um ensaio em forma de ficção que realça os absurdos da consciência. Também o que faz a escrita de Saramago, com uma pitada a mais de humor, é verdade.