domingo, 27 de fevereiro de 2011

ATITUDE

Voltando ao futebol, que me dizem da atitude do Ronaldo Fenômeno, agora aposentado, de levar seu “novo” filho a tiracolo a todos os eventos e encontros midiáticos? Nem de longe lembra a atitude de Pelé, Rei de fato e de direito, que se recusou a assumir sua filha, mesmo depois de comprovação jurídica e DeNeAlística, como diria Odorico Paraguaçu.  Sandra Regina demorou quase três décadas para ser reconhecida como filha por Pelé. Ronaldo, apesar de resistir um pouco à notícia no início, dois meses depois do resultado do exame que comprovava sua paternidade, já estava de mãos dadas com o seu novo filho, Alex, de cinco anos. Ronaldo e Pelé, cada um em seu momento histórico, parecem ter em comum o talento para o futebol (arte), assim como o talento para gerir suas carreiras fora do gramado. Talvez as diferenças estejam apenas no que se refere à paternidade. Em alguns detalhes como carinho, responsabilidade e, porque não, ética.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

LITERATURA


Nos dias 06 e 07 de março, será realizado, em Campina Grande, o II Encontro de Literatura Contemporânea entre Escritores e Editores: a Trajetória dos Livros. O evento é composto por duas palestras e cinco mesas-redondas, além de dois momentos para lançamento e sorteio de livros. Realizado pelo Núcleo Literário Blecaute e pelo XX Encontro da Nova Consciência, o evento é aberto ao público, sem necessidade de inscrição prévia. O horário da programação, para os dois dias, é das 9h às 12h e das 14h às 18h. As atividades acontecerão no Centro de Educação da Universidade Federal da Paraíba, na Avenida Floriano Peixoto, 1461, Centro. Mais informações: (83) 8844-9131.
Fonte: Ministério da Cultura



quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

JOGO

Hoje, nada de livros ou filmes. Rumo à outra paixão, também arte, o futebol. Meu “amado clube brasileiro” tricolor, o São Paulo Futebol Clube, joga hoje à noite com o Treze-PB - o Galo da Borborema - em Campina Grande, no estádio Amigão. Eu aqui tão pertinho, em João Pessoa, Capital, e tão longe. Não vou poder assistir ao vivo, me contento com a abençoada TV a cabo. Mas a camisa já foi lavada, passada, só esperando o momento de o time entrar em campo. Aí está o problema. Quando o time entrar em campo, serão duas paixões em jogo. Meu São Paulo, time que aprendi a amar ainda criança, nas ruas do Brooklin Paulista, em Sampa, ou no Morumbi, estádio do coração. Mas o que fazer agora, de volta à terra natal, como mais nova torcedora do Treze? Torcer pelo bom futebol, e que ganhe o que estiver mais inspirado nesta quarta-feira (16). Mas tenho que confessar, bem que eu gostaria de ver o Rogério Ceni, meu ídolo (depois do Zetti, Raí, Cafu, Telê Santana, e etc.), fazer o centésimo gol em terras paraibanas. Vamos ao jogo!

São Paulo e Treze se encontraram poucas vezes ao longo da história. Mas o suficiente para o tricolor paulista abrir vantagem. Em sete duelos, os são-paulinos venceram cinco e os paraibanos apenas duas. O ataque do São Paulo marcou 19 gols, enquanto a defesa sofreu quatro. O último confronto entre eles aconteceu em 2002. Na partida de volta da Copa do Brasil daquele ano, o Tricolor goleou o Treze por 4 a 1, no Morumbi. Na oportunidade, Kaká e Reinaldo, com dois gols cada, garantiram o triunfo. No jogo de ida, na Paraíba, vitória dos anfitriões por 1 a 0.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

VIÚVAS e etc.

É possível afirmar que a desigualdade dos gêneros é coisa do passado? Particularmente não gosto muito de bandeiras, não aquelas hasteadas com exagero oportunista ou recalques. Mas é impossível dizer que homens e mulheres são iguais em uma sociedade onde homens são melhores remunerados, onde mulheres são apedrejadas por ‘supostos’ adultérios ou garotinhas de oito anos são isoladas do mundo por serem ‘viúvas’. Homens e mulheres são cada vez mais iguais, graças a Deus, mas falta muito ainda para o jogo empatar. O filme “O Rio da Lua” (Water, 2005, Índia/Canadá, Drama/Romance, 117 min.), de Deepa Mehta, me chegou por acaso e sem intenção. E acabou surpreendendo pela delicadeza não panfletária do tema, e por sua doce e triste história. Que mostra nas entrelinhas os direitos da mulher na sociedade indiana que ainda hoje parece bastante influenciada pelo casamento tradicional, onde os noivos são escolhidos pelos familiares. Mostra a triste sina das viúvas na Índia do século passado, quando as idéias de Ghandi começam a mudar o rumo da tradição. O foco é a história da pequena Chuyia e sua amiga Kalyani que se prostitui para financiar o “lar” de viúvas e que ousa perturbar as regras, apaixonando-se por um homem com estudos universitários que está disposto a desafiar a tradição. Estas mulheres, além de remetidas ao esquecimento, não têm dinheiro para comer e vivem da caridade alheia. As mais novas usam a prostituição para pagar as despesas das mais idosas num jogo social que todos conhecem, mas querem ignorar.

E se o tema é social, este foi exatamente o próximo filme a que assisti. “Rede Social” (2010, EUA, Drama, 121 min.), na lista do Oscar 2011. Este não me impressionou. Bem resolvido, incomodou o jogo a qualquer preço dos interesses do universo do Facebook, que faço parte, confesso. Será esse o destino do indivíduo moderno? Seguindo a lista de indicações, mais um desconforto com “Cisne Negro” (2010, EUA, Suspense, 103 min.). Ótimo filme, que nos coloca em xeque com o maniqueísmo disfarçado de nossos mundinhos. Como sempre fujo de filmes de terror, senti certo desconforto com o mergulho no mundo negro da brilhante atriz-bailarina. Sensação que foi embora rapidinho com o “Discurso do Rei” (2010, Inglaterra, Drama, 18 min.), tradição e um pouco de humanidade onde menos se espera, na realeza.