quarta-feira, 31 de julho de 2013

A Abadia de Northhanger


Foto: Lilla Ferreira
Primeiro romance concluído por Jane Austen (1775-1817), só foi publicado postumamente, em 1818. Segundo os editores, A Abadia de Northhanger (L&PM Pocket, 2011, 268 páginas) é o livro mais leve e francamente cômico de uma das escritoras mais lidas de todos os tempos. Paródia dos romances góticos (os best-sellers da época), a história de Catherine Morland também retrata com argúcia uma sociedade que se transformava e um mundo em que quase todos faziam tudo por dinheiro, inclusive as mocinhas dos romances.

Ao ler a ressalva da autora no inicio do livro, de que seria necessário observar os trechos da obra que se tornaram comparativamente obsoletos depois de treze anos (tempo que demorou para o livro ser publicado), fiquei imaginando o que Jane Austen diria sobre os costumes da modernidade. “O público deve ter em mente que treze anos se passaram desde que ela foi concluída, muitos mais desde que foi iniciada, e que, ao longo desse período, lugares, costumes, livros e opiniões sofreram consideráveis transformações”, diz a autora. Mas acho que ela se espantaria mesmo é com a modernidade de muitas de suas observações, sejam sobre o mundo literário ou sobre a vida em sociedade. Algumas coisas, infelizmente, nem com o tempo evoluem.

sábado, 20 de julho de 2013

Tudo ao mesmo tempo, agora

Exercitando a velha mania de ler um pouco de cada coisa. Se não for assim, acabo achando tudo meio chato. O lado bom, diversão. O lado ruim, dispersão.

Foto: Lilla Ferreira

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Uma janela para o inconsciente


Acho que minha escolha pela leitura de Dossiê Freud (Universo dos Livros, 2008, 159 páginas), de Elizabeth Mednicoff, foi quase um ato falho. Quem sabe um desejo inconsciente de voltar à terapia. Mas a intenção, do livro, é falar de forma simples e acessível para todas as pessoas que tenham interesse em conhecer a vida e as idéias de Sigmund Freud. Ilusão. Freud nunca será simples. Por quantas vezes me peguei lendo e relendo. Afinal, quando o tema é o universo secreto da mente, por mais que a linguagem seja acessível, nada é tão simples. 


Oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a vida pessoal e o trabalho do homem que desenvolveu a Teoria da Sexualidade e do Inconsciente, o princípio de várias outras descobertas. O “Pai da Psicanálise” foi também um homem com defeitos e limitações, como qualquer um, mas com grandes qualidades e muita visão. Ele estava, definitivamente, além de sua época.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Driblando o tempo livre


Por esses dias respiramos dias de manifestações e de bola rolando, e por mero acaso (inspirada nos gritos de gol) a velha mania de ler até bula de remédio me levou a confiscar o livro Nunca Fui Santo, depoimento a Mauro Beting (Universo dos Livros, 2012, 167 páginas), num momento de emergência. Aquele que você tem um tempo livre de surpresa e nada separado para leitura. Perfeita para o momento, encerrada justamente no dia do olé do Brasil na Copa das Confederações. O goleiro Marcos é um homem simples, de verdade, e está muito bem assim. Palmeirense apaixonado, profissional dedicado, de tão homem comum sua biografia praticamente descreve jogos e acontecimentos do futebol. De tão tricolor, quase simpatizei com seu time de paixão ao final do livro. Quase, porque fiquei querendo mesmo é poder ler a história de vida e de carreira de um dos meus ídolos no futebol, o Rogério Ceni.