quarta-feira, 18 de maio de 2011

OS LIVROS NÃO MORRERAM

Revista Veja - edição 2217

Grande satisfação a capa da revista Veja desta semana (edição 2217 – nº 20, 18 de maio de 2011), com destaque para a multiplicação de leitores. Segundo a reportagem, ao contrário do que se acreditava, o advento da Internet e as novas tecnologias não mataram os livros. Assim como não aconteceu com o surgimento do cinema, televisão, DVDs, videogames, etc... “Pois o que se vê é a multiplicação dos jovens que gostam de ler, reconhecendo que um bom texto ainda é, para a vida pessoal e profissional, um instrumento decisivo, afirma a matéria da Veja, em letras garrafais. E tem mais, pois o texto também contraria a previsão daqueles que imaginavam serem prejudiciais essas manias, verdadeiras febres juvenis, de Harry Potter e companhia. Na prática, o que aconteceu foi que aqueles leitores, que entraram no mundo do livro por essa porta, acabaram descobrindo o prazer de leitura e foram em frente, em busca de clássicos e outras leituras. Até a os livros de autoajuda, vejam só, também acabaram se mostrando positivos, como porta de entrada à leitura.

Fonte: http://www.shoptime.com.br/
E o bom é que todas essas teorias confirmadas batem com as minhas. Nunca acreditei no fim do livro (nem do jornal impresso). Mudanças, adaptações, afinal evoluímos, graças a Deus. Mas não o extermínio, nem a tese pessimista de que uma mídia elimina a outra. E quanto aos Harry Potter da vida, ou qualquer outra leitura mais amena, sempre acreditei que o importante é ler, tornar um hábito. Depois que ele se estabelece você vai aperfeiçoando, e aí é um caminho sem volta, no bom sentido. Esses dias, pura coincidência, andei ‘ouvindo’ o CD do Caetano Veloso, “Livros” (Polygram, 1997), com 'letras' deliciosas, nos dizendo que os livros podem lançar mundos no mundo.


Tropeçavas nos astros desastrada
Quase não tínhamos livros em casa
E a cidade não tinha livraria
Mas os livros que em nossa vida entraram
São como a radiação de um corpo negro
Apontando pra a expansão do Universo
Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso
(E, sem dúvida, sobretudo o verso)
É o que pode lançar mundos no mundo.


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