sábado, 30 de junho de 2012

QUADRILHA

Dançando quadrilha na Escola Normal
(Serra Talhada/PE)
Época de fogueiras, fogos e forró. Pamonha, canjica e bolo de milho. Adoro o astral das festas juninas. O Nordeste vira festa. Mesmo que em minha memória afetiva, nesse período, sinta falta mesmo das quermesses bem paulistanas da Paróquia São João de Brito, lá no Brooklin. Tenho um pouco de inveja das pessoas que são ligadas em suas origens, vontade de voltar para onde vieram. Épocas e lugares me fazem sentir saudades, mas não me prendem de verdade. Sinto sempre como se tivesse nascido há cinco segundos, sempre de cara com o novo, sem passado. Contraditório, já que adoro minha história, lugares e pessoas que fazem parte dela.

Esses dias, mexendo em álbuns antigos, encontrei uma foto da única vez em que dancei quadrilha nessa vida. Devia ter uns oito anos, acho, e ficava sempre com bronca porque o meu par esquecia a tal garrafa que fazia parte do figurino, em todos os ensaios. Resultado, ele tinha que ensaiar com o sapato na mão, e eu aguentar o seu chulé. Apesar do rosto sério e meio bravo, lembro que a experiência foi bem divertida. Ao observar a foto, um daqueles momentos em que quase consigo “voltar para casa”. Mas segundos depois vem a sensação aqui e agora. Aonde foi parar essa menininha?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obriagada pelo comentário. Volte Sempre!