quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

O HOMEM QUE VÊ NO ESCURO

Um filme de Mirabeau Dias


Pela primeira vez consegui assistir a todos os filmes que concorriam ao Oscar, antes do anúncio dos filmes premiados. Foi intenso, mas prazeroso. Espantei-me ao torcer pelos filmes que tinham certa violência, o que geralmente não acontece. Mas o que não surpreendeu foi o fato de mais uma vez não conseguir ficar acordada para assistir a cerimônia. Algumas coisas não saem do lugar. Se o assunto é filme, o nome é João Batista de Brito, crítico paraibano. Não aquele homem de castelos, mas do tipo que você encontra no finalzinho da tarde, casualmente, para tomar um café. Pessoa simples, divertida e competente, sobretudo competente quando o assunto é o universo da tão falada diegese.
Semana passada fui surpreendida pelo convite para assistir ao filme que narra um pouco de sua trajetória de vida e de trabalho, “O Homem que vê no escuro”, de Mirabeau Dias. Oportunidade preciosa para quem não pôde comparecer à sua estreia ano passado. Cinema particular, poucas cadeiras e amigos selecionados. Um privilégio. A atmosfera respirava arte e cultura. Foi fácil reconhecer João Batista na tela. Mal o filme começa e ele parece ignorar solenemente as câmeras. O tempo todo se vê o João de sempre, aquele que gosta de papear. Uma aula de cinema. Uma aula de desprendimento do realizador que faz filmes por amor ao cinema e à preservação da cultura. Principalmente a cultura oral, um bem tão rico, precioso e raro de ser resgatado no tempo certo. Noite memorável.
 
Acesse o link de Imagens Amadas e conheça mais sobre João Batista de Brito.

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