Um filme de Mirabeau Dias
Pela primeira vez consegui
assistir a todos os filmes que concorriam ao Oscar, antes do anúncio dos filmes
premiados. Foi intenso, mas prazeroso. Espantei-me ao torcer pelos
filmes que tinham certa violência, o que geralmente não acontece. Mas o que não
surpreendeu foi o fato de mais uma vez não conseguir ficar acordada para
assistir a cerimônia. Algumas coisas não saem do lugar. Se o assunto é filme, o
nome é João Batista de Brito, crítico paraibano. Não aquele homem de castelos,
mas do tipo que você encontra no finalzinho da tarde, casualmente, para tomar
um café. Pessoa simples, divertida e competente, sobretudo competente quando o
assunto é o universo da tão falada diegese.
Semana passada fui
surpreendida pelo convite para assistir ao filme que narra um pouco de sua
trajetória de vida e de trabalho, “O Homem que vê no escuro”, de Mirabeau Dias.
Oportunidade preciosa para quem não pôde comparecer à sua estreia ano passado.
Cinema particular, poucas cadeiras e amigos selecionados. Um privilégio. A
atmosfera respirava arte e cultura. Foi fácil reconhecer João Batista na tela.
Mal o filme começa e ele parece ignorar solenemente as câmeras. O tempo todo se
vê o João de sempre, aquele que gosta de papear. Uma aula de cinema. Uma aula de
desprendimento do realizador que faz filmes por amor ao cinema e à preservação
da cultura. Principalmente a cultura oral, um bem tão rico, precioso e raro de
ser resgatado no tempo certo. Noite memorável.
Acesse o link de Imagens Amadas e conheça mais sobre João Batista de Brito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obriagada pelo comentário. Volte Sempre!