Histórias dos homens de preto e do dia em que conheci Maurício Kubrusly
Para
quem gosta de viajar por culturas e histórias diferentes, o livro do Maurício
Kubrusly, Me Leva Mundão (Globo, 2011, 397 páginas) é passaporte certo. Um
saboroso conjunto de crônicas divertidas e temperadas pelo olhar bem brasileiro
do experiente repórter do Fantástico. Difícil foi escolher sua melhor aventura,
mas uma que não me saiu da cabeça foi a do homem de preto, algo simples, mas
que me faz rir toda a hora que lembro. O título é “O Fraque do Terror”,
no capítulo em Portugal. Ele conta de sua estranheza ao observar que algumas
pessoas são seguidas por um homem de preto. Eles não fazem nada, zero de ação.
Apenas as seguem, no estacionamento, no restaurante, todos os dias. Uma forma
especializada de cobrança, inventada para constranger um devedor e forçá-lo a
pagar suas dívidas. Quando ele aparece todo mundo sabe, ali está um ‘homem a
dever’. E tem mais, o método pode ser usado para constranger amantes também.
Falando assim pode não parecer grande coisa, mas no olhar de Kubrusly é outra
história.
E
já que estamos falando em histórias, também tenho uma com o repórter engraçado
do Fantástico. Lembro que ele entrava todas as noites ao vivo, há cerca de duas
décadas, no Jornal da Globo, sempre com pautas inusitadas, bem ao seu estilo.
Vai que na mesma época estava fazendo um curso, se não me falha a memória, de Música
na Publicidade com o saudoso Zé Rodrix (vide Joelho de Porco, e talentoso
publicitário), na Oficina Cultural Oswaldo de Andrade. Ele também uma figura
divertida e espirituosa. No último dia de aula, apresentação do trabalho final,
último horário. A deixa para que o professor trouxesse o amigo para nos colocar
na maior saia justa, entrar ao vivo na Globo. O dia em que conheci Maurício
Kubrusly. Para comemorar, depois do susto, todo mundo para um tradicional
restaurante grego, daqueles pequenos e charmosos do Bom Retiro, na saudosa
noite paulistana.
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