quinta-feira, 7 de julho de 2011

1968

Mais uma passadinha pelo texto agradável de Zuenir Ventura. “1968. O que fizemos de nós” (Planeta, 2008, 220 páginas), é leitura obrigatória para quem se encantou com o livro que marcou uma geração e uma época, “1968, O ano que não terminou”. Não sei bem o motivo, talvez por ser também meu ano de nascimento, mas sempre tive um carinho especial. Segundo Zuenir "suspeita-se que 1968 não foi um ano, mas um personagem - inesquecível e que teima em não sair de cena". Interessante a ponte que o autor faz entre um livro e outro. Interessante saber o que pensam os personagens da época. O frescor habitual do autor levou-me para o lado leve da obra. Uma lista do que não existia naquela época, e que hoje é lugar comum. Estes somos nós em 2011:
CD, DVD, Gisele Bündchen, bala perdida, telefone celular, internet (Web, Google, Orkut, site, e-mail, MSN, Second Life), alimentação diet, Viagra, Big Brother, mania de correr, notícia em tempo real, interatividade, iPod, AIDS, medo de colesterol, medo de assalto, grades nos prédios, piercing, depilação dos grandes lábios, Botox, seios turbinados, o “estarei fazendo”, anorexia, globalização, DNA, pensamento único, academias de musculação, Bill Gates, baile funk, controle remoto, forno de microondas, TV em cores, TV a cabo, garotas de programa (com este nome), shopping centers, ecstasy e mania de fazer lista como esta.

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