sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

ALMODÓVAR

Divulgação
Segundo Freud, “a diferença entre os neuróticos e as pessoas normais é apenas uma questão de grau”, e olhem que não estamos falando de patologias mais graves. Na descrição do novo filme de Pedro Almodóvar, A Pele que habito (La Piel que Habito, Espanha, Suspense, 2011, 133 min.), o comentário de que o “horror tem muitas esferas”. Realmente, e o terror do cotidiano tem esferas veladas e silenciosas. Não gosto de filmes de suspense ou de terror. Não gostar é eufemismo, tenho medo mesmo. Apesar de todas as cadeiras pagas nos bancos da universidade, tratando do assunto- cinema - dos livros lidos, etc. e tal, sento lá e morro de medo do que sei que não existe. Uma pena! Mas no caso do Almodóvar, criei coragem. Senti falta dos tons alegres de suas imagens, mas com certeza a nuance utilizada foi a correta para a proposta.

Casos midiáticos como o do goleiro Bruno, Paula e Guilherme de Paula, Suzane Von Richthofen, Tim Lopes, o médico Roger Abdelmassih, o massacre de Columbine, também me assustam. Do que é realmente capaz o ser humano, os normais e os nem tanto. Às vezes o perigo está bem próximo, como a chacina do Rangel, aqui em João Pessoa (PB), quando um casal esquartejou a família vizinha, alegando como motivação do crime um desentendimento entre crianças. O perigo pode estar ao lado, dentro de casa, ou mesmo em nossas mentes. A verdade é que existe toda a sorte de leituras psicanalíticas possíveis para essas histórias, e para o filme.

Sinopse
Richard Ledgard (Antonio Bandeiras) é um cirurgião plástico que, após a morte da sua mulher num acidente de carro, se interessa pela criação de uma pele com a qual poderia tê-la salvo. Doze anos depois, ele consegue cultivar esta pele em laboratório, aproveitando os avanços da ciência e atravessando campos proibidos como os da transgênese com seres humanos. No entanto, este não será o único delito que o cirurgião irá cometer.




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