Acabo de descobrir uma nova
fonte de aventuras. Uma biblioteca que me envia livros pelos correios. O
difícil, como sempre foi, é devolver um exemplar querido. É como perder um
grande amigo. Coração em cinzas – Memórias de uma filha chinesa rejeitada, de
Adeline Yen Mah (Landscape, 2007, 278 páginas) foi paixão à primeira vista. Por
motivos óbvios, tenho uma natural simpatia por tudo que se refira aos ares
asiáticos. Se a história possuir também uma dose de realidade e um bom
personagem feminino, pronto, já me fisgou. Devorei o relato autobiográfico da
médica chinesa Adeline Yen, nascida em 1937, ao norte de Xangai, em busca das
mais básicas necessidades humanas: aceitação, amor e compreensão.
A cruel
realidade de sua vida junto a uma família problemática, na qual o preconceito
dos irmãos e a indiferença do pai eram terrivelmente agravados pelos
incompreensíveis maus tratos impetrados por sua madrasta, cruel e manipuladora.
Uma sensação de impotência, diante de uma sociedade que pode ser tirana,
covarde e desumana. Uma mostra de que a realidade pode ser muito, mas muito
mais cruel que a ficção. Hoje, Adeline é casada, vive na Califórnia com seus dois filhos e é muito feliz.
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