No mais puro estilo São
Tomé, aquele que precisa ver (ler) para crer. Foi assim que olhei pela primeira
vez para o livro de Fernanda Torres, em sua estreia no mundo da ficção. O
título é Fim (Companhia das Letras, 2013, 203 páginas), mas ele trata mesmo é
da vida. Uma boa surpresa, do tipo que te faz feliz por estar redondamente
enganada. Confesso que desconfiei de tantas críticas e comentários positivos,
acreditando que tinha influência da emissora, da mãe famosa. Mas não, a Fernanda que
desfila pelas páginas do livro é outra, tão boa quanto à atriz, de quem gosto
muito, mas é uma outra voz. Segura, engraçada, inteligente e nem um pouco
politicamente correta. Ela escreve livremente, dando a sensação de que não
escreve para agradar, mas para se divertir. E olhem que fazer isso quando
todos os seus principais personagens morrem, não me parece fácil. Ela fala do “fim”,
mas é a vida que transpira em cada página.
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