quinta-feira, 20 de agosto de 2009

REVISTAS & FILMES
Ando com mania de filmes e revistas, período pós-livros e jornais. Talvez por preguiça, mas não me parece mal. No geral, as coisas funcionam mesmo como na música dos Titãs, “tudo ao mesmo tempo agora”. A leitura da revista Rolling Stones me levou à uma entrevista antiga (1987) do cineasta Woody Allen, que adoro, republicada na edição deste mês. Ele fala dos trabalhos e neuroses. Mas me chamou a atenção comentários sobre ‘coisas pequenas’ e ‘religiosidade’. Tenho mania de fazer coisas pequenas. Cuidar da coleção de cactos, fazer paninhos de crochê, confeccionar marcadores de livros, só para citar algumas. Mania de ocupar o tempo livre com pequenos afazeres. Hábito que relaxa e esvazia a mente para coisas importantes que possam aparecer. Daí vem Woody Allen com sua teoria: “Sempre achei que se alguém consegue ajustar sua vida de modo a manter-se obcecado por coisas pequenas, acaba evitando ficar obcecado com as coisas realmente grandes. Se você cria uma obsessão por algo muito grande, acaba se sentindo impotente e assustado, porque não há nada que possa fazer a respeito do envelhecimento e da morte”. Em seguida, ele diz: “invejo pessoas que são naturalmente religiosas, sem terem sofrido lavagem cerebral ou atraídas pela barulheira das instituições organizadas. É como ter ouvido para a música ou algo assim”. Outra tese interessante. Essa deve ser a maneira ideal de se aproximar das divindades, deuses, espíritos. Seja qual for a religião do indivíduo. Depois dessa, meu lado católica, ‘tentando ser quase praticante”, lembrou de agradecer a Deus por ter tido a oportunidade de conhecer a religião em ambientes saudáveis. Lembro agora de um padre que conheci na adolescência, quando ele dizia ser impossível você escolher uma religião sem conhecer as outras, assim era muito fácil. Tinha que ser consciente e saber questionar, para não cair em armadilhas. Um outro adorava a cervejinha com violão depois da missa das seis no domingo.... Uma fé que nasceu lúcida e descontraída, combinação que não se vê muito por aí.

Um comentário:

  1. ...gosto dos livros do Woody Alen. Aliás, tenho uma queda por humor.
    Abraço grande,

    Gustavo

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