quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

DICA DE VIAGEM

Quem seria insensato a ponto de morrer sem ter ao menos feito a volta de sua prisão? (A obra em negro - Marguerite Yourcenar)

Coloquem na bolsa as narrativas da escritora Marguerite Yourcenar, A Volta da Prisão (Nova Fronteira, 1991, 138 páginas). Acompanhem em sua leitura as peregrinações da autora pelo Canadá, Alasca, Havaí, e especialmente o Japão (o grifo aqui é da autora, porque eu sou suspeita). As viagens acontecem entre os anos de 1979 e 1987, e o olhar minucioso de alguém que é capaz de se mover através das palavras torna tudo mais gostoso. Um momento ou outro meio cansativo, mas nada que tire o prazer da caminhada. Trata-se de um aprendizado de antiturismo. Ela ensina a deter-se diante dos detalhes e critica a chamada viagem organizada de nossos dias que protege contra o que o jargão contemporâneo chama de ‘os choques culturais’. Lembrando que presos a roteiros acabamos escapando às novidades.

 
Marguerite Yourcenar
 
“O turismo dessora o mundo; o turista pouco instruído que percorreu em oito dias cinco capitais da Europa guarda apenas a lembrança confusa de uma espécie de documentário que teria podido ver igualmente bem no cinema do seu bairro

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