Algumas coisas nos fazem acreditar que realmente menos é
mais. O filme Inch’allah (Inglês/Francês/Hebreu, Drama, 2012, 102 min.) é de
uma singeleza que chega a incomodar. Por vezes esperei que a ação fosse evoluir,
e nada. A narrativa continuava linear, contando uma história complicada de forma
simples. À medida que o filme avança a gente se dá conta de que realmente não
precisa mais, o sofrimento e a angústia dos personagens preenchem todas as
antigas expectativas de ação. O drama é psicológico. As dores são subjetivas.
Mas a história é bem real, e o que vemos na tela acontece agora, enquanto
escrevo esse texto. Saber disso, sofrer com eles e sentir-se impotente diante
de tudo, já é o suficiente.
Sinopse
Chloé é uma jovem médica canadense que divide seu tempo
entre o Ramallah, onde trabalha com a Organização Humanitária "Red
Crescent", e Jerusalém, onde mora ao lado de sua amiga Ava, uma jovem
soldado israelense. Cada vez mais sensível ao conflito, Chloé vai diariamente
pelo posto entre as duas cidades para chegar ao campo de refugiados, onde
monitora as gestações de mulheres jovens. Como se torna amiga de Rand, uma de
suas pacientes, Chloé aprende mais sobre a vida nos territórios ocupados e
começa a passar algum tempo com a família de Rand. Dividida entre os dois lados
do conflito, Chloé tenta tudo que pode para criar elos entre suas amigas, mas
sofre por permanecer uma eterna estrangeira para ambos os lados.
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