Alguns
livros contam sua própria história. Este exemplar é um deles. Foi lido tantas, mas
tantas vezes, que ficou neste estado. Não sei explicar, nunca fui uma mocinha
dada a romances ou coisas delicadas, mas me apaixonei loucamente por este livro
quando tinha 14 anos. Ele foi lido algumas vezes de cabo a rabo. Depois comecei
a procurar os trechos preferidos. Era como um grande amigo. Quando batia a
saudade, era só correr e folhear algumas páginas. O bom mesmo é que essa
leitura me levou a outras obras do Érico Veríssimo. Clarissa, Ana Terra, Solo de Clarineta, Caminhos Cruzados, Incidente em Antares... E a partir daí comecei uma fase de leitura em
bloco. Descobrir um autor, voar para a biblioteca e procurar tudo sobre ele. Hoje, é abrir o livro e sentir voltar todo o seu encantamento.
Mais
sobre o livro
A
obra retrata a decadência econômica e moral da rica e tradicional família Albuquerque
sob o ponto-de-vista da jovem professora Clarissa, personagem do romance
homônimo de Érico. Em Música ao Longe (Globo, 1982, 195 páginas), a jovem,
apaixonada pelo primo Vasco, dá os primeiros passos em direção à vida adulta e
à maturidade. O título do livro remete aos sentimentos de Clarissa, que são
como uma "música ao longe", pois ela não tem certeza se eles são
mesmo verdadeiros. O livro foi vencedor do "Prêmio de Romance Machado de
Assis", instituído em 1934 pela Cia. Editora Nacional de São Paulo.
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